terça-feira, janeiro 28, 2025

Copom subirá nesta quarta, na primeira reunião presidida por Galípolo


Imagem colorida de Galípolo - Metrópoles

Galípolo comanda hoje a reunião do Copom sobre juros

Mariana Andrade e Flávia Said
Metrópole

Nesta terça-feira, o mercado financeiro está na expectativa para a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deste ano. Além do aumento da taxa básica de juros (a Selic) previamente contratado, a data marca o primeiro debate sob o comando de Gabriel Galípolo, que foi indicado pelo presidente Lula (PT) e assumiu oficialmente a presidência da autoridade monetária em 1º de janeiro de 2025.

A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação, que ficou acima do teto da meta em 2024. Em 2024, a taxa básica de juros do país (a Selic) ficou em 12,25% ao ano – voltando ao mesmo patamar de novembro de 2023. Esse foi o terceiro aumento consecutivo na taxa de juros.

NOVAS ALTAS – A expectativa é de novas altas nos juros ainda nos primeiros meses deste ano. Isso porque, na última ata do Copom, o BC adiantou que deveria fazer mais duas elevações, de pelo menos 1 ponto percentual, na taxa Selic no começo de 2025.

O mercado financeiro estima que a Selic ficará em 15% ao ano até o fim de 2025, segundo o relatório Focus. Assim como o próprio BC, analistas financeiros projetam um aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros, que passaria dos atuais 12,25% ao ano para 13,25% ao ano.

Projeções mais recentes mostram que o mercado financeiro desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT), que termina em 2026.

INFLAÇÃO OFICIAL – A reunião do Copom ocorre quase três semanas após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a inflação oficial foi de 4,83% no acumulado de 2024 — 0,33 ponto percentual acima do teto da meta, que era de 4,5%.

Com isso, o Banco Central não cumpriu o papel de controlar o avanço dos preços no país e precisou enviar uma carta aberta explicando os motivos para o estouro da meta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em meio à sombra do descumprimento da meta de inflação, da pressão dos preços dos alimentos e da valorização da taxa de câmbio (dólar frente ao real), a taxa Selic poderá chegar a 14,25% ao ano ainda nos primeiros meses deste ano.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Márcio Pochmann, presidente do IBGE, conseguiu esse milagre de conter a inflação, embora todos os brasileiros saibam que os preços subiram muito mais no ano passado. Pochmann é daquele tipo de economista que tortura os números até que eles aceitem ficar do jeito que ele pretende. É um mau brasileiro. (C.N.)