terça-feira, dezembro 24, 2024

Policial federal preso pela Overclean é ex-superintendente de Inteligência da SSP-BA e já foi citado na Operação Faroeste

 Foto: Divulgação/SSP

Rogério Magno de Almeida Medeiros23 de dezembro de 2024 | 11:48

Policial federal preso pela Overclean é ex-superintendente de Inteligência da SSP-BA e já foi citado na Operação Faroeste

bahia

Um dos presos nesta segunda-feira (23) na segunda fase da operação Overclean é o policial federal Rogério Magno de Almeida Medeiros, que já foi superintendente de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) durante as administrações dos ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa – ambos do PT.

Além dele, também foram presos o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro Neto, o secretário de mobilidade de Lauro de Freitas e ex-chefe de gabinete da prefeitura de Vitória da Conquista, Lucas Dias, e Carlos André, que é apontado como um operador do grupo.

Rogério Magno foi exonerado do posto em dezembro de 2020, após ter o nome citado na Operação Faroeste, cuja operação naquele ano também resultou na queda do ex-secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.

Agora, no âmbito da Overclean, as investigações apontam que ele recebia pagamentos para repassar informações sigilosas envolvendo agentes federais a Alex Rezende, também investigado na operação.

Segundo a Polícia Federal, nesta segunda ainda são cumpridos dez mandados de busca e apreensão, uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público de suas funções, além de medidas de sequestro de bens da ordem de quase R$ 4,7 milhões, valor obtido pela organização criminosa, e diversos veículos de luxo. Os mandados ocorrem no Centro Administrativo do município, em Vilas do Atlântico e no condomínio de Alphaville, em Salvador.

A primeira fase da Overclean prendeu 15 pessoas no último dia 10, sendo 11 delas na Bahia. Mas todos foram soltos na quinta-feira (19), por ordem do Tribunal Regional Federal.

A operação é uma força-tarefa da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e a Controladoria-Geral da União, que investiga uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. O grupo já teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.

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