domingo, dezembro 22, 2024

Denúncia: Material Radiológico Exposto no Hospital Geral de Jeremoabo

 



Denúncia: Material Radiológico Exposto no Hospital Geral de Jeremoabo

Em uma situação alarmante e de extrema gravidade, fotos recentemente recebidas revelam que aparelhos e materiais radiológicos estão sendo armazenados de forma inadequada, a céu aberto, no pátio do Hospital Geral de Jeremoabo. Este descaso representa um risco imensurável à saúde dos profissionais de saúde, dos pacientes que procuram atendimento e até mesmo dos animais que possam transitar pelo local.

A exposição a materiais radiológicos sem os devidos cuidados pode provocar efeitos carcinogênicos, teratogênicos e hereditários. O dano genético induzido pela radiação em células somáticas pode levar à transformação maligna, aumentando o risco de câncer. Quando a exposição ocorre no útero, os efeitos teratogênicos podem comprometer o desenvolvimento do feto, causando malformações congênitas. Além disso, a radiação pode danificar células germinativas, levantando a possibilidade de defeitos genéticos transmissíveis às futuras gerações.

Embora seja fácil culpar diretamente o prefeito Deri do Paloma por essa irresponsabilidade, é importante ressaltar que ele também é vítima de sua própria falta de preparo e da incompetência de seus auxiliares. A responsabilidade direta pela gestão da saúde recai sobre a Secretária de Saúde e o administrador do hospital, nomeados pelo próprio gestor municipal. Contudo, isso não exime o prefeito de sua responsabilidade geral pela administração pública.

A situação também expõe a omissão dos vereadores de Jeremoabo, que têm o dever constitucional de fiscalizar as ações do Executivo. Esses representantes foram eleitos e são pagos com recursos públicos para identificar e levar à justiça qualquer ilegalidade praticada pelo prefeito ou seus auxiliares. A pergunta que fica é: por onde andam os vereadores que não levaram esse ato criminoso ao conhecimento do Ministério Público?

A negligência também se estende à Vigilância Sanitária, que deveria atuar prontamente para impedir situações como essa, protegendo a saúde da população e dos profissionais do hospital.

Portanto, a responsabilidade por este grave episódio é compartilhada. Não é apenas do prefeito, mas também dos vereadores, da Vigilância Sanitária e de todos os órgãos e pessoas encarregados de fiscalizar e garantir a segurança da população. Este ato nefasto não pode ser ignorado. É urgente que o Ministério Público e as autoridades competentes intervenham para apurar responsabilidades e corrigir essa situação, evitando que mais vidas sejam colocadas em risco.