quarta-feira, novembro 20, 2024

Plano do novo golpe deve ter sido escrito pelo roteirista dos Trapalhões

Publicado em 20 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Tribuna da Internet | No julgamento dos golpistas, Folha pede que se faça Justiça, sem haver vingança

Charge do Zé Dassilva (NSC Total)

Carlos Newton

Todos notam que se trata de uma trama complicada e surrealista, que se passa num dos países mais importantes do mundo e envolve um plano sinistro para envenenar o presidente eleito da República, Lula da Silva, e assassinar também o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, que então presidia o Tribunal Superior Eleitoral.

Os autores do roteiro não conheceram limites e se deixaram levar pela criatividade. Deram até um nome capa-e-espada à operação, ao denominá-la “Punhal Verde-Amarelo”, embora não se cogitasse o uso de arma branca, talvez apenas numa circunstância inesperada.

NA HORA ERRADA – Os luminares do Supremo e da Polícia Federal demonstraram que não têm um mínimo senso de oportunidade, pois decidiram utilizar esse script mambembe justamente quando o país recepcionava as maiores autoridades do mundo, nesta reunião do G20.

É como se tudo isso fosse de propósito para esculhambar de vez a imagem do Brasil, já desgastada pelo unabomber que não sabia fabricar explosivos e pela primeira-dama que gosta de falar inglês e exibir sua fina educação.

Só pode ser isso. Sem conseguir destruir o país, um dos maiores do mundo em extensão territorial, em número de habitantes e em potencial econômico, os inimigos da Pátria tentam levá-la ao ridículo perante o concerto das nações, para impedir seu desenvolvimento.

SENSO DE OPORTUNIDADE – O fato concreto é que os gênios do Supremo e da Polícia Federal bem poderiam ter adiado por uma semana essa Operação Trapalhões (parece que é o verdadeiro nome dela), para que Lula e sua consorte Janja da Silva pudessem transmitir ao resto do mundo uma imagem minimamente digna e respeitosa.

Mas não. Sem demonstrar o menor senso de ridículo, o ministro Alexandre de Moraes mete a caneta no Inquérito do Fim do Mundo e cria novos capítulos de uma novela política e militar que já cansou os espectadores.

Pensem nisso – se não existisse o futebol, o que seria do povo brasileiro? Mas a cada quatro anos tem uma Copa do Mundo e renova-se a esperança, como diz Milton Nascimento com seu eterno coração de estudante.

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P.S. – A Copa é muito mais importante do que a eleição. (C.N.)