terça-feira, novembro 19, 2024

Pazuello, que empregava o general, acha ele será inocentado


Eduardo Pazuello - Notícias e tudo sobre | CNN Brasil

Amigo do general, Pazuello acredita na idoneidade dele

Paulo Cappelli e Augusto Tenório
Metrópoles

O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), general da reserva, rompeu o silêncio após a prisão do general Mario Fernandes, que foi lotado em seu gabinete na Câmara dos Deputados e preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira por suspeita de planejar a morte de Lula.

“Tomei conhecimento do assunto hoje de manhã, pela imprensa, vendo o noticiário na televisão”, disse Pazuello à coluna.

NOTA DO DEPUTADO – Veja a nota de Pazuello, na íntegra: “O deputado federal General Pazuello esclarece que o General Mário Fernandes, mencionado na operação da Polícia Federal realizada na manhã desta terça-feira, trabalhou em seu gabinete como assessor de 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, quando foi identificado seu impedimento para exercer cargo público”, disse, acrescentando:

“Pazuello esclarece ainda que só tomou conhecimento da prisão do general Mário e dos demais oficiais por meio da imprensa na data de hoje. O deputado reafirma sua crença nas instituições do país e na idoneidade do General Mário Fernandes, na certeza de que logo tudo será esclarecido”.

CARGO NA CÂMARA – O general Mário Fernandes recebia um salário de R$ 15,6 mil no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro.

Ele foi nomeado em março de 2023 para um “cargo de natureza especial”.

A função, com código CNE 09, só pode ser ocupada por pessoas com nível superior completo. O valor corresponde ao segundo maior vencimento do tipo na Câmara.

DIZEM OS ALIADOS – Aliados do deputado sustentam que, se Pazuello soubesse de suspeita tão grave, não teria nomeado o militar no próprio gabinete. Até então, argumentam, o foco no general se resumiria a uma reunião ministerial investigada pela PF. E afirmam que Pazuello, que não é citado na operação de hoje, atuou para arrefecer os ânimos no meio militar após o pleito eleitoral.

Aliados de Pazuello também argumentaram que, se de fato houve um plano para matar Lula, ele provavelmente seria restrito ao conhecimento de pouquíssimas pessoas, apenas a quem executaria a ação.