domingo, novembro 17, 2024

Ex-deputado Marcos Cidreira morre em Salvador aos 62 anos, deixando legião de amigos e legado de amor à vida pública

 Foto: Divulgação/Arquivo

Ex-deputado Marcos Cidreira17 de novembro de 2024 | 00:02

Ex-deputado Marcos Cidreira morre em Salvador aos 62 anos, deixando legião de amigos e legado de amor à vida pública

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O ex-deputado Marcos Cidreira, vice-presidente da Associação Comercial da Bahia, faleceu na noite deste sábado (16) depois de lutar bravamente contra um câncer, deixando uma legião de amigos e um reconhecido legado de amor à vida pública, à qual se dedicou sempre com zelo em todas as atividades que exerceu.

Homem de muitos amigos e múltiplos talentos, na vida empresarial e na gestão pública, Marcos Galrão Cidreira partiu cedo demais para alguém que sempre foi muito requisitado e presente em desafios importantes, tamanha sua capacidade de realização e de adaptação em relação a diferentes áreas.

Filho de Cristovam Galvão Cidreira e Maria Zuleide Galrão Cidreira, Marcos Cidreira nasceu em 25 de agosto de 1962, em Salvador. Estudou a primeira fase da vida no tradicional Colégio Antônio Vieira e concluiu o curso secundário no Colégio Nossa Senhora da Vitória.

De especialista em marketing empresarial pela Universidade Católica de Salvador (UCSal), em 1979, à formação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1995, surgia ali um grande quadro que atravessaria diferentes gestões públicas, com a capacidade de se adaptar e agregar em projetos novos que foram surgindo em série ao longo da sua vida.

Sua primeira experiência, iniciando a vida profissional, foi como sócio-diretor da Casas Cidreira, ramo empresarial da família que o projetou também como diretor da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas da Bahia (FCDL) e também para a direção do Rotary Club.

Não demorou muito para que ele desse os primeiros passos na política entre 1987 e 1989, no governo Waldir Pires, como chefe de gabinete do Departamento de Telecomunicações do Estado da Bahia, a Detelba, em 1987.

Nos dois anos seguintes, atuou como gerente da Divisão de Comércio Exterior do Núcleo de Promoção e Exportações da Bahia, que era vinculado à Secretaria de Indústria e Comércio. Foi lá que organizou a participação de produtores baianos no 13º Salão Internacional de Paris.

Depois migrou para a gestão de Fernando José entre 1989 e 1992 na Prefeitura de Salvador, onde presidiu a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) e a Empresa Municipal de Turismo (Emtursa), equivalente à atual Saltur.

Àquela altura sua desenvoltura política já ganhava contornos eleitorais, vide sua eleição para deputado estadual para a legislatura de 1991 a 1995 na Assembleia Legislativa, onde teve atuação destacada e liderou iniciativas importantes, como a campanha para que o cientista baiano Elsimar Coutinho fosse indicado ao Nobel de Medicina, em 1994.

Por lá, foi presidente e vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo e ainda participou como membro titular das Comissões de Minas e Energia e Direitos Humanos.

Foi ao longo do mandato que ele também conseguiu projeção nacional, participando da Executiva Nacional do PMDB, ocupando o posto de tesoureiro em 1994.

Depois da experiência como parlamentar estadual, Marcos Cidreira trabalhou como delegado federal do Ministério da Agricultura e do Abastecimento na Bahia entre 1996 e 2000, e chegou a ser condecorado como “melhor delegado” do Ministério em 1998 e 1999.

Emendou essa atuação como diretor superintendente da AGERT durante os quatro anos seguintes, de 2000 a 2024.

A partir de 2005, Cidreira retorna à prefeitura de Salvador para a função de coordenador geral do Escritório de Revitalização do Comércio na primeira gestão do então prefeito João Henrique.

Em 2011, aquele peemedebista de longas datas mudava de abrigo partidário e ingressava no Partido Progressista (PP). Dois anos depois, foi contratado como diretor de projetos pelo Consórcio Fonte Nova Participações e Negócios, com a atribuição de atuar na requalificação do comércio e dos serviços oferecidos no entorno da nova arena inaugurada naquele ano às vésperas da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Marcos Cidreira também foi presidente da Fundação Miguel Calmon e, do PP, veio a indicação para dirigir a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) em 2019.

Nos últimos anos, assumiu a vice-presidência da Associação Comercial da Bahia (ACB) para o biênio 2023-2025, que, infelizmente, não conseguiu concluir.

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