quarta-feira, novembro 20, 2024

Deputado e ex-comandante da Rota assume que fez bico ilegal e afirma: “é notório que é proibido”

 

Coronel Telhada (PP), ex-comandante da Rota
Foto: Assembléia Legislativa de São Paulo

O deputado federal e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Paulo Telhada (PP-SP), conhecido como Coronel Telhada, assumiu, em entrevista ao portal Metrópoles, que já fez bico como segurança e que já foi preso pela prática. Conforme o deputado, ele trabalhou por 15 anos como segurança privado do apresentador Gugu Liberato, com quem chegou a manter uma relação de confiança e de amizade.

 

O assunto surgiu por conta do assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Gritzbach renunciou a seguranças do Ministério Público, aos quais tinha direito, e era acompanhado no dia por policiais militares.

 

A prática do “bico” como segurança por parte de Policiais Militares é proibida pela corporação. Até 2021, era considerada uma falta leve, mas, a partir de então, com mudança no regulamento, passou a ser considerada uma falta grave.

 

“Todos nós que fazemos ou fizemos bico, sabemos que é público e notório que é proibido”, afirmou o deputado, que ainda afirmou que prefere que um PM trabalhe como segurança nas horas de folga do que “ficar bebendo, tomando cachaça em boteco, arrumando problema, arrumando briga”.

 

Já em relação aos PMs que faziam segurança para Gritzbach, teve uma opinião diferente: “Você fazer bico é irregular, é punição disciplinar. Você vai ficar preso na polícia. Agora, você trabalhar com uma pessoa envolvida com o crime, você não comete só uma infração disciplinar. Você comete um crime e também vai responder por esse crime. É grave, gravíssimo”.