sábado, outubro 19, 2024

A Queda do Protetor: Quando a Impunidade Alcança Seus Limites

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CONSEQUÊNCIAS DA FRAUDE À COTA DE GÊNERO NAS CANDIDATURAS ELEITORAIS

A expressão "a desgraça do protegido é o protetor" se aplica bem ao contexto da política local de Jeremoabo. O caso do prefeito Deri do Paloma exemplifica essa dinâmica, onde o apoio e a proteção de um líder político a seus aliados podem se tornar a fonte de sua própria ruína. Ao tentar blindar seus protegidos e manter práticas questionáveis, ele não apenas expôs a si mesmo, mas também arrastou seus aliados para as consequências de suas ações.

A impunidade, como dizem, tem pernas curtas. Acreditar que irregularidades podem passar despercebidas indefinidamente é um erro que muitos políticos cometem. No caso de Jeremoabo, o uso contínuo de práticas que poderiam ser comparadas ao "uso constante do cachimbo" acabou por deformar a conduta ética dos envolvidos, marcando a administração com o símbolo da corrupção e da improbidade. Deri do Paloma, ao fechar seu desgoverno, não conseguiu evitar o colapso e, ao cair, trouxe consigo vários candidatos eleitos do seu partido.

A suspeita de uso de candidaturas laranjas para fraudar as eleições é uma prática grave que não passa despercebida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legislação é clara e rigorosa, e não há advogado que consiga escapar das sanções quando há evidências contundentes de fraude eleitoral. Nesse cenário, a guilhotina da justiça pode atingir diversos vereadores eleitos pela coligação de Deri, incluindo nomes como Albertina, Zé Miúdo e, possivelmente, Allisson.

Esses desdobramentos revelam que, embora a proteção e os conchavos políticos possam adiar as consequências, a impunidade tem um limite, e quando a justiça finalmente age, o impacto é devastador, atingindo não apenas o protetor, mas também todos os que se beneficiaram de sua proteção.