domingo, setembro 29, 2024

Engano e Desilusão: A Promessa de Empregos que Nunca Chegou e a Revolta do Sertão

 






Engano e Desilusão: A Promessa de Empregos que Nunca Chegou e a Revolta do Sertão

A política é, muitas vezes, um jogo de promessas. Em algumas ocasiões, essas promessas são a única esperança para uma população que enfrenta dificuldades extremas. No entanto, quando essas promessas se revelam vazias, a desilusão é inevitável, e a revolta surge como uma resposta natural. Foi exatamente isso que aconteceu em Jeremoabo, onde o prefeito, em conluio com seu grupo político, prometeu há quatro anos a criação de 4 mil empregos — uma esperança para muitos que dependiam desse trabalho para sobreviver. Hoje, essas vagas não só não foram criadas, como também não há sinais de que algum dia serão.

Essa promessa, que nunca se concretizou, foi, na realidade, um ato de estelionato eleitoral. O prefeito usou da carência e da necessidade de uma população trabalhadora e humilde para manipular votos. Ele explorou o desespero dos que mais precisavam, oferecendo uma falsa esperança de melhora de vida, apenas para garantir sua permanência no poder. Agora, quatro anos depois, o bolo comemorativo do aniversário de sua gestão não celebra realizações, mas sim uma fraude. A falta de empregos, que foi a base de sua campanha, se transformou em um símbolo de engano e traição.

Porém, a desilusão não parou por aí. O sertão, uma das regiões mais atingidas pelas enchentes do Rio Vaza-Barris, foi abandonado quando mais precisou de ajuda. Durante as cheias, as famílias sertanejas esperavam apoio e assistência de seu líder municipal. No entanto, o que encontraram foi o desprezo e o abandono. O prefeito não só ignorou a calamidade, mas também cancelou o decreto de emergência para poder contratar bandas de forró para as festas juninas. Em vez de destinar recursos para ajudar as vítimas das enchentes, ele preferiu investir em festividades, virando as costas para o sertão e seus moradores.

Essa sequência de desmandos e falta de consideração culminou em um momento de virada política. O sertão, outrora esquecido e desprezado, se uniu em uma grande carreata em direção ao comício de Tista de Deda, o candidato da oposição. Como se diz na gíria popular, o "sertão botou pegado". Desiludidos e revoltados, os sertanejos saíram em peso para mostrar que não aceitariam mais ser tratados com desrespeito. O apoio massivo a Tista de Deda não é apenas uma escolha política, mas um clamor por dignidade, por uma gestão que realmente se importe com os problemas reais da população.

A escolha do sertão em apoiar Tista de Deda simboliza o desejo por dias melhores, por uma administração que trate o povo com respeito e responsabilidade. Mais do que isso, é uma reação contra a política de enganos, onde promessas vazias são usadas para manipular os mais necessitados. A população de Jeremoabo, especialmente a do sertão, cansou de ser tratada como um simples voto a ser conquistado. Agora, busca uma liderança que traga soluções reais, que enfrente os desafios com honestidade e que não use do poder para seus próprios interesses.

Esse movimento do sertão não é apenas uma resposta ao fracasso da gestão atual, mas um sinal de que a população está mais consciente e disposta a lutar por seus direitos. As promessas de empregos que nunca vieram, a falta de assistência durante as enchentes e a troca de prioridades da administração municipal foram fatores decisivos para a mudança de postura dos eleitores. O sertão quer ser ouvido, quer ser respeitado e, acima de tudo, quer ver suas necessidades atendidas com seriedade e compromisso.

O comício de Tista de Deda, prestigiado por uma massa que antes foi enganada, marca o início de uma nova fase. O povo não se deixa mais enganar por promessas vazias, e exige uma política que seja feita para o bem comum. A carreata do sertão até o comício é mais do que um ato político, é um grito de revolta, um pedido de mudança, e uma exigência de respeito e dignidade para aqueles que mais sofreram com o descaso da gestão atual.