quarta-feira, agosto 28, 2024

Seus problemas acabaram! Lula indica Galípolo para presidir o Banco Central


Bancos Centrais vão reagir à inflação mais alta em tempos distintos, afirma  Galípolo | Jovem Pan

Galípolo defende juros altos “até em festa de debutante”

Deu na Folha

Gabriel Galípolo é o nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência do Banco Central, anunciou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta quarta-feira (28) no Palácio do Planalto. “O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui de que hoje [quarta] ele está encaminhando ao Senado Federal, ao presidente [Rodrigo] Pacheco e para o senador Vanderlan [Cardoso], presidente da CAE, o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa a diretoria de Política Monetária do banco”, disse o ministro.

Se aprovado pelo Senado, Galípolo assume o comando da instituição com a missão de angariar a confiança do mercado financeiro, que teme um BC leniente no combate à inflação em 2025, quando o Copom (Comitê de Política Monetário) terá maioria dos integrantes indicados pelo presidente Lula.

31 DE DEZEMBRO – O atual diretor de Política Monetária do BC vai suceder Roberto Campos Neto, à frente da instituição desde 2019 por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cujo mandato termina em 31 de dezembro. Ao lado de Haddad, Galípolo celebrou a indicação ao comando do BC e disse que não responderia a nenhuma pergunta dos jornalistas por “respeito ao processo e à institucionalidade”.

“Na mesma magnitude, uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do Banco Central do Brasil pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou Galípolo, sorridente. “É uma honra enorme, uma grande responsabilidade e eu estou muito contente”, complementou.

Quanto à sabatina da Galípolo, Haddad disse que essa é uma atribuição do Senado e que Lula “chegou a discutir a melhor oportunidade” com Pacheco. “Isso cabe ao Senado marcar e decidir, mas eu quero crer que estão sintonizados os presidentes Pacheco e Lula em relação à importância dessa indicação”, disse.

MELHOR MOMENTO – “O presidente Lula já vinha conversando com o presidente Pacheco a respeito disso e nós vamos respeitar a institucionalidade da Casa. A Casa tem o seu ritmo, tem os seus afazeres e vai saber julgar o melhor momento de fazer a sabatina”, acrescentou. A expectativa é de que a sabatina do futuro presidente do BC possa ocorrer em setembro.

A escolha por Galípolo no comando do BC já era dada como certa pelo mercado financeiro e por integrantes do Senado Federal, responsável pela sabatina e pela aprovação dos nomes indicados à autoridade monetária pelo chefe do Executivo. Ainda segundo Haddad, o governo Lula vai começar a partir de agora a trabalhar os outros três nomes que vão compor as diretorias do BC que ficarão vagas ao fim do ano.

MENINO DE OURO – Aos 42 anos, Galípolo foi um dos conselheiros de Lula na campanha presidencial de 2022 e atuou como número dois de Haddad. Desde que assumiu o posto no BC, ele manteve canal direto com o chefe do Executivo. Os dois conversam até sobre as contas públicas e a antecipação de riscos fiscais pelo mercado financeiro.

A habilidade de uma comunicação direta e sem tom professoral, o que costuma irritar o presidente, foi reconhecida até mesmo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quando Galípolo era secretário-executivo da Fazenda.

Aos olhos de Lula, Galípolo é um “menino de ouro”, “competentíssimo” e “de uma honestidade ímpar”. “Obviamente ele tem todas as condições para ser presidente do Banco Central”, disse o chefe do Executivo em junho.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Para quem pensa que daqui para frente seus problemas acabaram, como essa solução Tabajara, é bom lembrar que Galípolo estava afinadíssimo com Campos Neto, para aumentar os juros até em festa de debutante, conforme disse recentemente. Na verdade, para Lula e o PT, a troca de presidente no BC será um grande problema, porque eles não terão mais ninguém para culpar pelos problemas econômicos. (C.N.)