domingo, maio 12, 2024

TSE engaveta processo de governador corrupto, mas acelera cassação de Moro

 

TSE engaveta processo de governador corrupto, mas acelera cassação de Moro

Alexandre de Moraes virou o Moro do STF

Moraes sonha (?) em cassar Moro o mais rápido possível

Matheus Leitão
Veja

A ministra Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral mantém na gaveta o primeiro processo de cassação do governador do estado de Roraima Antônio Denarium, concluso para julgamento desde 23 de fevereiro passado, embora já esteja condenado em três ações eleitorais sucessivas.

Já o senador Sérgio Moro (União–PR) – aquele mesmo descrito como a pior coisa que a política brasileira já pariu nos últimos anos – teve seu processo colocado em pauta com parecer do Ministério Público e julgamento para semana que se iniciada, com início no dia 16, quinta-feira, e previsão de estar concluído em 21 de maio.

FALTA DE CRITÉRIO – Moro foi julgado pelo TRE do Paraná no dia 8 de abril. Agora, o curioso é que o governador de Roraima também já foi cassado pelo TRE do estado em três condenações por compra de votos e abuso de poder político nas três ações eleitorais.

Ele se mantém no cargo debaixo de verdadeiro temporal de denúncias de corrupção e suposto envolvimento em crimes de grilagem de terras, garimpo ilegal e desvio de dinheiro público.

O que se percebe – e tem se comentado em Brasília – é que não existe critério para conclusão e julgamento de processos pelo TSE. Como um governador com três condenações não tem data alguma para ser julgado, e um senador, em pouco mais de um mês após ser inocentado no TRE, será julgado em tempo recorde?

Fica a pergunta.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– É impressionante o comportamento do ministro Alexandre de Moraes, que está em fim de mandato e entregará a presidência do TSE em junho. Seu desespero e sua disposição para cassar Sérgio Moro são de tal ordem que Moraes nem liga para as aparências. O relator das ações contra o senador paranaense, ministro Floriano Marques Azevedo, concluiu seu parecer e liberou os processos para pauta na quinta-feira. Moraes nem esperou dar um tempinho para disfarçar e foi logo marcando o julgamento para o próximo dia 16. É claro que essas decisões, eivadas de partidarismo e servidão, depõem contra a dignidade da Justiça brasileira, que está mergulhada num mar de lama, como diria Carlos Lacerda. No entanto, Moraes não se preocupa com nada disso. E está se tornando mundialmente famoso, no mau sentido. (C.N.)

Nota da redação deste BlogA coincidência é um capricho curioso do destino, onde os caminhos se cruzam de forma inesperada, trazendo à tona situações que parecem guiadas por uma mão invisível. No caso do processo de Jeremoabo, envolvendo alegações de abuso de poder econômico e político, essa coincidência parece colocar em destaque a presença de uma ministra. Uma ministra cuja atuação pode gerar esperanças, lembrando o ritmo ágil e incisivo visto em processos anteriores, como aquele envolvendo Sergio Moro.

É natural que, diante dessas circunstâncias, surja uma expectativa de que a mesma prontidão e eficácia sejam aplicadas neste novo contexto. A sociedade anseia por justiça imparcial, por um sistema que funcione em prol do bem comum, sem se curvar a pressões externas ou interesses particulares.

Nesse ínterim, é vital que a ministra encarregada deste caso assuma sua responsabilidade com integridade e compromisso, guiando-se pela imparcialidade e pela busca pela verdade. A confiança na justiça é um pilar fundamental para a estabilidade e o progresso de uma nação, e cabe a cada agente do sistema judicial honrar esse compromisso.

Assim, enquanto observamos os desdobramentos deste caso, mantenhamos nossa esperança em uma justiça que se mostra cega diante das influências externas, dedicada apenas à aplicação imparcial da lei. Que a coincidência que une este processo à presença da ministra seja um sinal de que a justiça está pronta para agir, sem hesitação e sem favoritismos, em prol da verdade e da equidade.