quarta-feira, março 06, 2024

Sem vazamentos, a imprensa fica reprisando as notícias sobre o golpe

Publicado em 6 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Cúpula do Exército defende general Freire Gomes e se irrita com vazamentos | Blogs CNN | CNN Brasil

Como ainda não houve vazamentos, a imprensa inventa…

Carlos Newton

Em ambiente de altíssima expectativa, aguarda-se o vazamento de afirmações feitas pelo general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, em seu depoimento à Polícia Federal.

Até agora, não vazou absolutamente nada. No desespero, os jornais ficam criando factoides óbvios, tipo Freire Gomes desmentiu declaração do ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

O mais recente falso vazamento diz que Freire Nunes revelou a existência de duas versões da minuta, quando todos já estão cansados de saber que existiam pelo menos três, pois a primeira foi encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, a segunda na sala de Bolsonaro na sede do PL. e ainda há a terceira versão, entregue pelo assessor Filipe Martins, e que Bolsonaro teria resumido a texto da justificativa do decreto, segundo Mauro Cid, em sua delação premiada.

BUSCAR OS FATOS – Bem, não adianta ficar tentando tirar leite de bode, como se diz no Nordeste. É preciso buscar os fatos. Como ainda não houve o menor vazamento, não há fatos, apenas especulações, que vêm sendo feito feitas até por jornalistas famosos, que nem precisam aparecer, digamos assim, mas gostam de se mostrar.

As grandes dúvidas são as seguintes: 1) O general Freire Gomes, como comandante do Exército, chegou a apoiar de alguma forma o golpe? 2) Quem realmente liderava a conspiração: Bolsonaro ou Braga Netto?  3) Na reta final, Bolsonaro percebeu que ia ser descartado e foi para os Estados Unidos. ou viajou com medo de ser preso?

O povo quer saber, mas enquanto não houver vazamentos, nada feito…

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P.S. – E a Piada do Ano é dizer que a cúpula militar está muito irritada com os vazamentos dos depoimentos à Polícia Federal, porque isso limita a capacidade de respostas das Forças Armadas, já que o processo corre em sigilo. Ora, as Forças Armadas não têm de responder nem se defender de nada. A investigação é sobre pessoas físicas, sejam fardadas, à paisana ou de pijama. (C.N.)