Publicado em 29 de fevereiro de 2024 por Tribuna da Internet
Roberto Nascimento
Está fadada ao fracasso essa fantasiosa estratégia que a imprensa está atribuindo a militares golpistas, que pretenderiam incluir na cena do crime golpista o general Freire Gomes, comandante do Exército no final do governo Jair Bolsonaro.
Quem verdadeiramente deu a ordem para a continuidade dos acampamentos golpistas na frente dos quartéis do Exército foi o então comandante-em-chefe das Forças Armadas, o presidente da República.
EXPLICAÇÃO CLARA – A nota oficial assinada pelo então comandante Freire Gomes era bastante clara. Dizia que não havia ordens judiciais para desfazer os acampamentos, porque se trata de manifestações pacíficas, garantidas pela Constituição (artigo 5º).
Se o general Freire Gomes desse a ordem para desmobilizar os acampamentos, Bolsonaro poderia exonerá-lo do cargo e nomear algum general golpista Theophilo Gaspar, de quatro estrelas e integrante do Alto Comando, aquele que pediu ao Mauro Cid para levar a Bolsonaro o recado: “Assina o Estado de Defesa, que eu coloco as tropas na rua”.
O primeiro a ser preso certamente seria o ministro Alexandre de Morais, do Supremo.
BRAGA NETTO – Outro sinal da atitude republicana do general Freire Gomes foi a contrariedade do golpista Braga Netto, que o classificou de “cagão” ao saber que ele não apoiaria o golpe, segundo a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Os fatos são muito graves.
O general Freire Gomes, diante dessas apurações, da delação premiada do ten. Coronel Mauro Cid, se for chamado a depor, nem precisa da companhia de advogados, a sua inocência na trama golpista é uma constatação irremovível.
Basta o general contar tudo o que sabe e que ainda não veio à tona. Seria nitroglicerina pura. Um conselho para generais e coronéis envolvidos até o pescoço na tentativa de golpe: não cutuquem com vara curta.a onça que tem dentro do general Freire Gomes. O bote pode ser inevitável.