"Os inimigos do sionismo devem morrer e você é um deles". Este foi o título de um e-mail que recebi esta semana.
O conteúdo, infelizmente, foi ainda mais pesado e incluiu ameaças terroristas de violência no Brasil e terminou com essa afirmação: "Vamos erradicar a presença dos insetos palestinos, muçulmanos e cristãos de Gaza e de Judeia e Samaria e faremos a Grande Israel. Ninguém vai nos impedir, nem você que lê isso."
Entreguei o e-mail às autoridades e segui meu dia, pois, no Intercept Brasil, ameaças e intimidações infelizmente se tornaram parte regular de nosso trabalho. Em nossa redação, até tivemos que instalar uma porta à prova de balas. Isso porque nossa missão é enfrentar e desafiar pessoas violentas, poderosas e cheias de ódio – sejam apoiadores de genocídio na terra Yanomami ou na terra palestina (ou ambas).
Quem enviou essa mensagem quer nos assustar e nos silenciar. Mas, o que me deixa mais preocupado do que essa ameaça é a capacidade do Intercept de manter nossa equipe segura para a próxima ameaça, seja ela verbal, digital, legal ou física.