sábado, fevereiro 03, 2024

De uma hora para outra, Brasil se tornou o melhor dos mundos, o país-maravilha…


Grades que protegiam o Supremo são retiradas em abertura dos trabalhos do judiciário

Uma cena comovente, com as grades do ódio sendo retiradas

Vicente Limongi Netto

O Brasil vive momentos de euforia. A felicidade entrou na casa dos brasileiros. É o Brasil sem problemas. O paraíso tropical. Oposição sem chão. Miséria e desemprego perto do fim. O inferno da cracolândia de São Paulo com dias contados. Como se sabe, o severo e sereno Flávio Dino acabou com a criminalidade.

Malfeitores tremem, ao ouvir o nome dele. Famílias voltaram a sorrir. Dino deixou o Ministério da Justiça enxuto. Tudo nos conformes, para Ricardo Lewandonski brilhar cada vez mais.

UM BELO EMPREGO – O bondoso Geraldo Alckmin arrumou emprego de 40 mil reais para Renato Capelli, que trabalhava com Flávio Dino. Quem tem amigo forte, não morre pagão. Fofo, o vice-presidente. 

As viagens de Lula e Janja ao exterior, sem gastos exagerados para os cofres públicos, deixaram o Brasil mais respeitado aos olhos do mundo. O Centrão promete parar de exigir cargos. Começou dieta braba, sem data para acabar. 

E o chefe da nação é probo. Cidadão acima de qualquer suspeita. Governa para todos os brasileiros. Maldade apregoar que o PT e vassalos têm privilégios no governo federal. 

MELHOR DOS MUNDOS – É a concretização dos sonhos de Voltaire, com o Brasil se transformando no melhor dos mundos. As solenidades institucionais se tornam abissal pantomima, com amor e harmonia, da boca para fora, com declarações candentes e eternas do sorridente presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luis Roberto Barroso, e do próprio presidente Lula, logo ele, que tem o costume de insultar adversários com palavreado pesado.

O furor cívico e patriótico culminou com a retirada das grades que protegiam a Suprema Corte das medonhas e deploráveis cenas de 8 de janeiro.

A cerimônia seria ainda mais extraordinária e marcante, se Lula, Janja e Barroso cortassem uma fita simbólica, ao som dos fortes clarins dos briosos guardas dos Dragões da Independência e da banda de música do Palácio do Planalto. Seria glorioso e inesquecível.