sábado, fevereiro 24, 2024

Após o julgamento, falta o veredito que evite a extradição de Assange

Publicado em 24 de fevereiro de 2024 por Tribuna da Internet

Assange went beyond journalism and should face espionage charges in the U.S., government lawyers say | PBS NewsHour

Fundador do WikiLeaks poderá pegar175 anos de prisão

Deu no Portal Terra

O Tribunal Superior de Justiça de Londres encerrou nesta quarta-feira (21) a última audiência sobre o recurso final de defesa de Julian Assange, jornalista australiano e cofundador do WikiLeaks.

Ele tenta escapar da extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de 18 crimes ligados à divulgação de milhares de documentos secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque.

O veredito ainda não foi emitido e a expectativa é de que isso ocorra em alguns dias. Na prática, no entanto, não há um prazo, e algumas sentenças são proferidas depois de anos.

INTENSO DEBATE – A audiência foi marcada por um intenso debate entre os advogados do ativista, Edward Fitzgerald e Mark Summers, e a encarregada de representar as autoridades dos EUA, Clair Dobbin.

A defesa de Assange diz que o país processa seu cliente por motivos políticos, e fala em uma conspiração para matá-lo.

Já a representante da Justiça americana afirma que a ação é baseada em provas, incluindo sobre atividades de recrutar hackers e encorajar informantes a revelar dados confidenciais.

SAÚDE PRECÁRIA – Julian Assange não compareceu ao julgamento. Ele também não havia ido à abertura dos trabalhos, na última terça (20).

Em publicação no X (antigo Twitter), o WikiLeaks disse que a ausência se deve às “precárias condições de saúde” do ativista, que está encarcerado na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, em Londres.

Se for condenado nos Estados Unidos, o ativista pode pegar até 175 anos de prisão, em um caso definido por seus advogados como “perseguição política”. Em caso de derrota na Alta Corte de Londres, restaria ao australiano apenas o Tribunal Europeu de Direitos Humanos, do qual o Reino Unido é membro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Essa reportagem enviada por José Guilherme Schossland mostra que o australiano Julian Assange é a demonstração viva de que não existe democracia no mundo. Quando a gente diz que vivemos sob o signo da liberdade, na verdade estamos dizendo que nos comportamos como se estivéssemos sob o signo da liberdade, mas isso ainda é uma utopia. Liberdade para Assange, ainda que tardia! (C.N.)