quinta-feira, novembro 23, 2023

OAB solicita investigação sobre morte de preso bolsonarista do 8/1 na Papuda

Publicado em 23 de novembro de 2023 por Tribuna da Internet

Beto Simonetti é o nome mais forte para substituir o presidente da OAB -  Diário do Poder

Simonetti quer apurar desrespeito a direitos humanos

Luana Patriolino
Correio Braziliense

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, determinou, nesta terça-feira (21/11), a abertura de uma investigação para apurar possíveis violações de direitos humanos no caso da morte de Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, que morreu nesta segunda-feira (21/11) de mal súbito, durante banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele era um dos presos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

“Conforme divulgado na imprensa, o fato suscita questionamentos sobre possíveis irregularidades e violações aos direitos humanos das pessoas detidas”, afirmou Simonetti no ofício enviado à Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.

INVESTIGAÇÕES – “Dessa forma, é de suma importância que sejam realizadas diligências e investigações para esclarecer os fatos e garantir a transparência e a justiça”, completou o presidente da OAB.

De acordo com o ofício da Vara de Execuções Penais (VEP), o bolsonarista teve “um mal súbito durante o banho de sol” na manhã desta segunda. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram ao local, mas não conseguiram reanimá-lo.

Ainda nessa segunda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) envie “informações fornecidas” sobre Cleriston Pereira da Cunha.

ADVOGADO AVISOU –  O bolsonarista foi preso dentro do Senado durante os ataques golpistas e tornou-se réu após a Procuradoria-Geral da República(PGR) o denunciar por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Seu advogado avisou sobre o precário estado de saúde de Cleriston, anexou um laudo oficial de uma médica, a Procuradoria-Geral da República concordou com o pedido de prisão domiciliar, mas se passaram três meses sem que o relator Alexandre de Moraes examinasse a questão e o réu acabou morrendo em pleno pátio da Papuda.