sexta-feira, setembro 22, 2023

Múcio se reunirá com chefes militares após as revelações de Cid sobre a trama golpista


Vídeo: “Não podemos suspeitar de todo mundo”, diz Múcio sobre encontro de  hacker com militares | Metrópoles

Revelação de Mauro Cid apanhou de surpresa o ministro

Deu no g1

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, vai se reunir com os comandantes militares nesta quinta-feira (21) para tratar de supostas reuniões golpistas que ocorreram ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL). A informação é da comentarista da GloboNews Míriam Leitão.

A decisão veio após informações reveladas pelos jornalistas Bela Megale, no jornal O Globo, e Aguirre Talento, no UOL, e confirmadas pelo blog da Camila Bonfim de que o ex -ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, relatou à Polícia Federal que presenciou reuniões em que Bolsonaro e militares trataram de golpe militar.

MINISTRO QUER APURAR – Segundo Míriam Leitão, o ministro disse que soube das supostas reuniões pela imprensa e não tem informações sobre elas, já que ainda são apuradas pela Polícia Federal.

De acordo com o relato de Cid, Bolsonaro se reuniu com integrantes da Marinha e do Exército. Nesses encontros, Bolsonaro falou sobre uma “minuta de golpe”, detalhada, que previa ilegalidades como afastamento de autoridades.

As informações foram prestadas por Mauro Cid nos depoimentos que embasaram a oferta de delação. Após esses relatos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, validou o acordo de delação premiada.

GABINETE DO ÓDIO – Ainda segundo apuração da Camila Bomfim, os envolvidos no encontro trataram especificamente de uma minuta golpista e, além dos militares, havia integrantes do chamado “gabinete do ódio” na reunião.

O relato aponta que a ideia foi recebida com entusiasmo pelo representante da Marinha, mas o Exército não aceitou desrespeitar a Constituição.

Ou seja, o plano não teria avançado por falta de adesão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O ministro da Defesa e a Polícia Federal deveria ouvir os comandantes militares da época, especialmente o almirante Almir Garnier Santos, que apoiou o golpe, e o general Marco Antonio Gomes, que evitou o prosseguimento da conspiração. Eles certamente vão contar o que ouve na reunião. Outro a ser ouvido imediatamente é o ex-assessor Filipe Martins, amigo dos filhos de Bolsonaro, que teria entregue ao então presidente a famosa minuta do golpe(C.N.)