sexta-feira, setembro 15, 2023

CHANTAGEARAM MAURO CID?




Mauro Gid, Alexandre de Moraes

Não existe expressão mais adequada para definir o perfil funcional do Tenente-Coronel do Exército de Caxias. Mauro Cid,que não o regionalismo gaúcho “mandalete”,empregado geralmente nas estâncias para se referir a um menino ou a um velho que leva recados ou executa tarefas leves. Mas esse “mandalete” não é um menimo ,nem um velho. É um homem jovem, de ótima aparência e postura invejável,”bonitão”,grande prestigio na “Força”,currículo exemplar, e um “ex”-futuro promissor na carreira militar pela qual optou.

Apesar das “barbaridades”que a Justiça está injustamente  cometendo contra o referido Oficial Superior,um Tenente-Coronel,com brilhante currículo militar na Força Terrestre e nos respectivos  cursos de preparação,e que,talvez pelo por força “azar”, tenha sido convidado,e aceito  exercer o cargo  “Ajudante de Ordens”do então Presidente Jair Bolsonaro,ao que consta por indicação do próprio Comando Superior do Exército,as arbitrariedades cometidas contra Mauro Cid apontam somente “frescuras” que quando muito deveriam  ser apuradas e julgadas,se fosse o caso, no Juizado de Pequenas Causas,não na Procuradoria Geral da República e no Supremo Tribunal Federal,como está sendo essa tramitação “arranjada”.

Mas o referido Tenente-Coronel,um Oficial Superior do Exército,acabou preso sob a acusação de falsificar para os registros públicos competentes certificados de “vacinação contra a COVID”,inclusive do então Presidente Jair Bolsonaro. Realmente,Um “crime bárbaro”,não? 

Recentemente o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, mandou “soltar ”Mauro Cid”, porém  com uma tornozeleira eletrônica dependurada no  corpo,o qual  certamente teria sido“bonzinho” no seu depoimento de “delação premiada”,dizendo tudo o que o citado Ministro queria ouvir,certamente para enredar ainda mais a vida do ex-Presidente Bolsonaro nas malhas da Justiça.                                                                                                                              Em Psicologia e “análise transacional”,as forças que teriam agido  na delação de Mauro Cid seriam consideradas talvez “estímulo positivo condicionado”,ou seja,somente uma “delação” CONTRA  Bolsonaro seria premiada com a soltura do “delator”.Esse “condicionamento” significa mais ou menos “diga-me o que quero ouvir e serás premiado”. E Mauro Cid acabou solto !!!

O crime de chantagem,definido no artigo. 158 do Código Penal Brasileiro, geralmente é repelido com rigor pela Justiça. Mas e se ele for cometido pela própria “Justiça”? Uma chantagem “jurisdicional”deixa de ser crime e passa a ser “justiça”.? Juiz pode cometer crime  impunemente em nome da lei? De qual lei?

Mas na verdade nem o “delator”, nem o Exército ,poderiam se orgulhar das “tarefas” atribuídas a um “Ajudante de Ordens” da Presidência da República,algo de certa forma humilhante para um Oficial Superior,como foi o caso que “enredou” Mauro Cid nas malhas do STF. E muito menos com o seu Alto Comando dizendo “amém”,fazendo  “continência”,ou curvando a espinha dorsal para a ordem absurda de um juiz mandando afastar Mauro Cid da Força.E essa “ordem” foi cumprida sem titubear. Caxias deve estar se contorcendo na sua tumba de tanta vergonha do seu Exército.

O tal ”Ajudante de Ordens” da Presidência da Republica tinha tarefas de “mandalete”,“menino ou velho para dar recado”,”pagador” de contas pessoais do Presidente e família,e vendedor no exterior de presentes recebidos durante o mandato presidencial do “chefe”. Enquanto isso ocorre ninguém mais fala,nem a Justiça “lembra”, dos caminhões e mais caminhões lotados  que levaram  objetos valiosos dos domínios presidenciais ao término do mandato de um determinado Presidente da República. A grande mídia também “esqueceu” de tudo.. Certamente um “Cabo” do Exército não veria com muito orgulho esses tipos de tarefas ztribuidas a Mauro Cid. Não é essa a “dignidade”preconizada  por Caxias ao “seu” Exército. Sinal dos “tempos”,talvez?

Por Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo