quinta-feira, agosto 31, 2023

Há risco de prisão para Wassef, se faltar ao depoimento no caso do Rolex de Bolsonaro


O que têm a contar os celulares de Wassef, advogado de Bolsonaro | Metrópoles

Agora não há jeito e Wassef terá de se explicar aos federais

Bela Megale
O Globo

O advogado Frederick Wassef tem dito a interlocutores que não pretende comparecer ao depoimento desta quinta-feira marcado pela Polícia Federal. Na tarde de ontem, Wassef afirmava a aliados que ainda não tinha sido intimado. Por isso, não compareceria à oitiva.

Investigadores envolvidos nas apurações das joias, no entanto, afirmam que a intimação foi encaminhada à residência do advogado de Bolsonaro para que ele preste depoimento por meio de videoconferência, na PF de São Paulo.

PEDIDO DE PRISÃO – Fontes da PF pontuaram à coluna que investigados que criam embaraços para as apurações, não comparecendo aos atos formalmente intimados, “podem dar ensejo a fundamentos para um pedido de prisão”.

A PF intimou oito pessoas a prestarem depoimentos simultâneos sobre o caso das joias, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os advogados Frederick Wassef e Fábio Wajngarten, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, seu pai, o general Mauro Lourena Cid, além dos assessores Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.

Wassef admitiu, há duas semanas, ter recomprado o Rolex dado a Bolsonaro pelo regime saudita. O item e demais peças de um conjunto de luxo haviam sido vendidos ilegalmente nos Estados Unidos, onde foram recuperados para ser entregues à Caixa Econômica Federal, por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Enquanto Wassef recomprava o Rolex, Mauro Cid ia atrás dos demais itens nos EUA.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Wassef vai depor bem bonitinho e terá de dizer quem lhe mandou (ou pediu) que fosse aos Estados Unidos recomprar o relógio. Bolsonaro diz que não foi ele e que nem queria saber relógios. Agora é preciso desfazer essa dúvida cruel e dar nomes aos bois, como se dizia antigamente. (C.N.)