Camila Zarur e Fabio Serapião
Folha
O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa foi preso, nesta segunda-feira (24), em uma nova operação da Polícia Federal do Ministério Público do Rio de Janeiro que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na capital e na região metropolitana.
Conhecido como Suel, o ex-bombeiro já havia sido preso sob suspeita de envolvimento no crime e obstrução das investigações. Ele cumpria a pena em regime aberto. A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa de Maxwell na manhã desta segunda.
DUPLO HOMICÍDIO – Marielle e Anderson foram assassinados a tiros no dia 14 de março de 2018. Eles voltavam de um evento na Lapa, e seu carro foi alvejado enquanto passavam pelo Estácio, também na região central do Rio.
Um ano após a morte, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos. O primeiro, acusado de ter sido o autor doS disparos, e o segundo, de ter dirigido o carro usado no crime.
Maxwell, por sua vez, também é suspeito de ter emprestado o carro utilizado para guardar o arsenal de Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, para que o armamento fosse, posteriormente, descartado em alto mar.A primeira prisão do ex-bombeiro foi em junho de 2020. Recentemente, em março deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio aumentou a pena de Maxwell pela condenação por obstrução das investigações sobre o assassinato. A sentença aumentou de quatro para seis anos e nove meses, que ele cumpria em regime aberto.
DEUSA DA ESPERANÇA – A operação desta segunda-feira recebeu o nome de Élpis, que na mitologia grega representa a deusa da esperança.
A prisão de hoje acontece na primeira fase da operação, que investiga ainda sobre o crime em si.
Cinco anos após o assassinato de Marielle, ainda não foi esclarecido quem foram os mandantes do crime e quais as motivação para matar a vereadora.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Aqui no Rio, ex-bombeiro é sinônimo de miliciano. As mortes de Marielle e Anderson foram cometidos por milicianos de luxo, que moravam no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro. Cinco anos depois, é impressionante que a Polícia ainda não tenha chegado aos mandantes. (C.N)