sexta-feira, junho 02, 2023

Deputado petista pede quebra do sigilo bancário de Bolsonaro, na CPMI do 8/1

Publicado em 2 de junho de 2023 por Tribuna da Internet

FOI SÓ O COMEÇO - Bolsonaro: o ex-presidente vai enfrentar dezesseis ações que pedem sua inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral

Bolsonaro deve ser convocado a depor pela CPMI do 8/1

Gustavo Maia
Veja

Titular da CPMI do 8 de janeiro, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou um requerimento para quebrar o sigilo bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro, no período entre 30 de outubro de 2022 (data do segundo turno das eleições) e 10 de janeiro deste ano.

Registrado nesta quarta-feira no sistema da comissão, este foi o 662º dos 678 requerimentos já protocolados pelos integrantes do colegiado, que foi instalado há uma semana.

JUSTIFICATIVA – Disse o deputado mineiro, na justificação que a depredação dos prédios dos Três Poderes surge da reiterada ação de vários atores políticos inconformados com a derrota eleitoral, com uma avalanche de publicações mentirosas nas redes sociais, em meio à ação e omissão de Bolsonaro, que pretendia a ruptura das bases da democracia.

Acrescentou que haveria decretação ilegítima do instituto constitucional da Garantia da Lei e da Ordem, operacionalizada pelas forças militares, em decorrência do esgotamento das forças de segurança pública regulares, em graves situações de perturbação da ordem.

“Os atos de vandalismo e terrorismo referidos foram gestados antes mesmo das eleições, com as reiteradas ações do Presidente da República que levantavam suspeitas relativamente à segurança das urnas eletrônicas, a integridade dos ministros da Corte Eleitoral e da Suprema Corte, desafiando as decisões judiciais”, frisou o deputado Rogério Correia.

PEDE A PROCURADORIA – O parlamentar petista lembrou que a própria Procuradoria-Geral da República requereu ao STF que inclua Bolsonaro no inquérito que apura a responsabilidade intelectual relativa aos ataques terroristas aos prédios dos Poderes da República.

Essa representação foi assinada por 80 integrantes do MPF, que alegaram: ”Em numerosas oportunidades ele lançou, sem qualquer respaldo na realidade, dúvida sobre a higidez dos pleitos que, aliás, o elegeram ao longo de décadas. Suas falas, portanto, mostraram ocupar uma posição de destaque na câmara de eco desinformativo do país, e contribuíram para que a confiança de boa parte da população na integridade cívica brasileira fosse minada.”

Os procuradores pediram também que Bolsonaro fosse convocado a prestar depoimento.