Guilherme Caetano
O Globo
Ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub subiu o tom nas críticas ao antigo chefe neste final de semana, em meio às investigações sobre Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Em sua conta no Twitter, Weintraub compartilhou uma notícia relatando que a cúpula do Exército cogitaria expulsar Cid e afirmou que, depois de tudo o que foi revelado sobre o caso, “não há inocentes no PL de Valdemar”. Ele também chamou o bolsonarismo de “lepra”.
“TODOS SÃO CÚMPLICES” – Mauro Cid tem sido acossado por investigações da Polícia Federal sobre seu envolvimento na fraude do cartão de vacina do ex-presidente e na articulação de um possível golpe de Estado.
“Após tudo o que já foi revelado, hoje, não há inocentes no PL do Valdemar. Não existe Bolsonarista vítima. TODOS SÃO CÚMPLICES! TODOS SÃO CONIVENTES! O bolsonarismo é uma LEPRA!”, escreveu Weintraub na rede social.
Weintraub rompeu com Bolsonaro no começo de 2022, quando o ex-presidente rechaçou apoiá-lo na disputa pelo governo de São Paulo. Em vez disso, o então presidente entrou de cabeça na campanha de outro ex-ministro, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), que acabou por se eleger governador.
VIROU INIMIGO -A partir de então, Abraham Weintraub passou a criticar o envolvimento de Jair Bolsonaro com políticos do Centrão e, principalmente, sua filiação ao PL de Valdemar Costa Neto. O partido é conhecido por sua atuação fisiológica, e os críticos costumam associá-lo à corrupção e ao toma-lá-dá-cá.
O rompimento levou ao ostracismo de Weintraub e o irmão, Arthur, ex-assessor especial da Presidência, que tiveram votação pífia na eleição passada.
Eles se filiaram ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), uma sigla nanica, e perderam apoio da militância bolsonarista com as críticas ao ex-presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É muito feio esse tipo de comportamento, mas é comum na política brasileira, que é praticada sem viés de ética, digamos assim. (C.N.)