quarta-feira, maio 03, 2023

Anderson Torres é um bobão, que devia ser condenado por envergonhar a Polícia Federal


Tiro de canhão no peito', diz Anderson Torres em audiência de custódia  sobre prisão | ND Mais

O covarde delegado Torres desmoraliza a Polícia Federal

Carlos Newton

A imprensa amestrada — como dizia Helio Fernandes — já investigou, processou, julgou e condenou o delegado federal Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do governo Ibaneis Rocha. As últimas informações dos amestrados é de que Torres será indiciado como “mentor” de um plano para tirar votos de Lula da Silva no segundo turno das eleições.

Esse tribunal da imprensa não é de brincadeira. Mudou até a acusação. De início, o suspeito (que até hoje ainda nem é réu) era denunciado por ter sido o mentor do ataque bolsonarista contra os Três Poderes. Na condição de ex-ministro da Justiça, falhou ao não desfazer o acampamento diante do Quartel-Geral do Exército, mas depois tiveram de entender que Anderson Torres jamais poderia fazê-lo sem haver ordem expressa do Comando Militar.

OUTRAS DENÚNCIAS – A segunda acusação foi de que, em 8 de janeiro, ele estava na função de secretário de Segurança do Distrito Federal, a quem cabia reprimir a violenta e destruidora manifestação. Mas como nesta ata ele estava licenciado, em férias com a família a milhares de quilômetros, essa denúncia também teve de ser afastada.

Em 10 de janeiro, a Polícia Federal fez busca e apreensão na residência do ex-ministro e encontrou a chamada “minuta do golpe”, que previa um decreto para instituir emergência no TSE para anular a eleição.

No entanto, texto não tinha indícios de procedência nem assinatura, e nele havia impressões digitais de várias pessoas, além de Anderson Campos. Além disso, como não existe no Brasil o crime de conspiração, essa terceira acusação também teve de ser afastada. Mesmo assim, o suspeito (que ainda não é réu) continuou e continua em prisão preventiva há mais de 100 meses

A QUARTA ACUSAÇÃO – Mas surgiu a quarta acusação e o tribunal da imprensa avisa que Anderson Torres vai ser indiciado na investigação que apura os bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal em rodovias no segundo turno das eleições.

O motivo alegado é que foram feitos muito mais bloqueios no Nordeste do que nas outras regiões. Mas a denuncia se desfaz nela mesma, porque a Polícia Rodoviária Federal mostra que no Nordeste foram detidos menos de 2% dos ônibus vistoriados); na Região Norte, também menos de 2%; no Sudeste, a média se manteve, menos de 2%); no Centro-Oeste, caiu para menos de 1%), enquanto no Sul mais de 15% dos ônibus foram retidos.

Como se constata, houve maior fiscalização no Nordeste, onde o coronelismo e a compra de votos são mais frequentes. Mas a Polícia agiu com mais rigor no Sul, justamente onde Bolsonaro venceu por larga margem, com 10,9 milhões de votos válidos, contra apenas 6,7 milhões do petista. Estes números derrubam a tese de que a PRF tenha contribuído para diminuir a votação de Lula. Na verdade, reduziu os votos de Bolsonaro.

UM BOBALHÃO – Criticam o editor da Tribuna por defender Torres, embora eu já tenha dito que o considero um bobalhão ridículo e covarde. É um delegado federal que não honra a corporação, ficou deprimido por estar preso, chora e não tem apetite, só falta imitar Maysa e contar “meu mundo caiu”.

Faz papel de vítima e se mostra fraco de caráter e personalidade. Como é que um indivíduo dessa laia se tornou delegado federal? É um mistério maior do que as acusações que fazem a ele.

Os chefes do Batalhão da PM onde Anderson Torres está hospedado deviam comprar uma boneca da Barbie para ele brincar e esquecer um pouco o sofrimento e as saudades do Ken.

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P.S.
 – Antigamente os delegados da Polícia Federal tinham mais vergonha na cara e não faziam esses papéis ridículos. Na próxima segunda-feira, Torres deve prestar depoimento. Os policiais deviam arranjar um lençol cor-de-rosa para o suspeito enxugar as abundantes lágrimas. (C.N.)