segunda-feira, abril 03, 2023

O que há de verdade na recusa de crédito a 58 produtores rurais pelo BNDES

Publicado em 2 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

BNDES é essencial para o Brasil - Agência de Notícias da Indústria

Banco oficial não pode apoiar produtores sem cadastro rural

Cláudio Humberto
Diário do Poder

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, tem demonstrado ser mais um, no governo Lula (PT), que bate-cabeças sem saber o que faz. Para alimentar a má vontade do governo em relação ao agronegócio, ele se gabou de haver bloqueado o financiamento de 58 projetos agrícolas insinuando que seus proprietários seriam “desmatadores”, por falta de licença do Ibama para supressão de vegetação, em seus projetos.

Chega a ser chocante: Mercante ignora que não é o Ibama que concede as licenças. O desinformado presidente do BNDES não sabe o básico: as licenças são liberadas por órgãos ambientais estaduais e não pelo órgão federal.

Proteger empresas públicas do despreparo de políticos é um dos pilares da Lei das Estatais, ignorada para nomear Mercadante no BNDES. A resposta veio em seguida, porque a decisão de Mercadante teve objetivo de “lacrar” o BNDES contra o agro, um setor que não apoiou Lula, e com isso impediu negócios proveitosos para o banco e para o país.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Este tipo de informação precisa ser melhor detalhado. Na longa trajetória do BNDES, jamais se ouviu falar em desmatadores pedindo créditos para destruir o meio ambiente. A notícia foi dada inicialmente por nosso amigo Ancelmo Gois, em O Globo, destacando que a norma e o sistema que permitiram ao BNDES negar os 58 pedidos de créditos rurais teriam sido implantados como política pública, e sem qualquer alarde, ao longo de 2022, pela diretoria bolsonarista.  Em tradução simultânea, chega a ser ridículo acreditar que algum desmatador tenha a desfaçatez de pedir financiamento oficial para o trabalho sujo. Na verdade, o fato concreto é que BNDES e os bancos oficiais negam créditos a produtores que não comprovem a propriedade da terra e a preservação ambiental de parte da propriedade (80% na Amazônia, 35% no Cerrado e Pantanal, e 20% no resto do país). Aliás, se esta lei fosse mesmo cumprida, nem haveria desmatamento ilegal no Brasil. 
(C.N.)