segunda-feira, março 06, 2023

Sérgio Cabral desmente denúncias que fez em delação e agora culpa a Polícia Federal

Publicado em 5 de março de 2023 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET | Justiça nega pedido da Procuradoria para bloquear R$  69 milhões de Sérgio Cabral

Charge do Brum (Arquivo Google)

Deu no Estadão

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral voltou atrás em acusações que fez em delação ao ministro José Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo entrevista publicada neste domingo, 5, pela coluna de Guilherme Amado no portal Metrópoles.

Em um vídeo da entrevista que teria sido conduzida na última sexta-feira, 3, Cabral pediu desculpas a Toffoli, dizendo que distorceu seu depoimento sobre o ministro, “imbuído” por policiais federais.

O QUE DISSE ANTES – Cabral relatara o pagamento de R$ 4 milhões ao escritório da advogada Roberta Rangel, casada com o ministro Dias Toffoli, por favores em decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Eu quero pedir desculpas ao ministro Toffoli. Quero pedir desculpas. Eu fiquei com raiva do Judiciário, eu achei que o mundo inteiro conspirava contra mim, e distorci uma história”, disse Cabral na entrevista ao Metrópoles.

Questionado se tinha inventado, Cabral negou, acrescentando que a história “foi completamente distorcida”. Segundo ele, não houve pagamento de R$ 4 milhões, e o julgamento existiu, mas foi tratado no TSE como qualquer outro.

“Foi tudo distorcido por mim, imbuído por um grupo da Polícia Federal. Eu peço desculpas”, declarou Cabral na entrevista.

MAIS DESCULPAS – A reportagem também trouxe um pedido de desculpas de Cabral a Bruno Dantas, atual presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), e Vital do Rêgo, vice-presidente do TCU, após ter delatado um esquema de recebimento de mesadas de R$ 100 mil.

“É mentira isso”, disse o ex-governador, dizendo que o relato foi distorcido, também induzido pelos agentes da Polícia Federal envolvidos no acordo de colaboração dele.

Segundo Cabral, a força tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro desejava que ele falasse do TCU. “Isso era um desejo desde o início do Ministério Público Federal desde o início”, completou Sérgio Cabral ao Metrópoles, acrescentando que foi vítima de “chantagem” dos agentes públicos em sua delação.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A desfaçatez e a audácia de Sérgio Cabral não têm limites. Passou anos implorando para fazer delação e agora desmente as acusações que fez. Se o Brasil fosse um país sério, a prisão domiciliar de Cabral seria revogada e ele seria levado de volta a Bangu 8. Mas quem se interessa, neste país em que a Justiça protege criminosos condenados a mais de 300 anos, como ele? Aliás, Cabral ainda tem prestígio e acaba de arranjar um emprego para o filho Marco Antonio Cabral na Assembleia Legislativa, onde vai ganhar mais de R$ 20 mil mensais sem fazer nada, rigorosamente nada. Parece que o Brasil não tem jeito, mesmo. (C.N.)