Matheus Leitão
Veja
O Brasil descobriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro faria tudo para tentar “roubar” a última eleição. Um desses momentos aconteceu quando o líder da extrema-direita tirou, como medida eleitoreira, todos os impostos federais sobre a gasolina. O consumo do combustível sem o tributo fará com que o governo federal deixe de arrecadar R$ 50 bilhões dos cofres públicos. Mas, para Bolsonaro, o importante era o preço na bomba cair e ele tentar virar votos contra Lula.
O tempo passou e nós conhecemos o resto da história: o líder da extrema-direita perdeu mesmo assim. Para além do lado econômico, porém, ficou um importante efeito político como consequência.
O TEMPO NÃO PARA – O presidente petista conseguiu manter o subsidio por dois meses, mas o tempo está se esgotando. Termina nos próximos dias. E agora é que são elas. Para que lado o petista vai pender?
Do ponto de vista ambiental, social e fiscal é melhor voltar o imposto. Mas a área política do governo Lula diz que isso vai aumentar inflação, derrubando o quê? A popularidade do presidente. Esse conflito já está com data marcada para esta semana, sob grande tensão. O que será feito com o preço da gasolina, do diesel e do gás?
A ver o que pesará para o mais popular político da história do país.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é do ramo e sabe o que deve ser feito. A Petrobras tem de se comportar como todas as grandes estatais do mundo, que não atrelam à cotação mundial os preços internos de seus produtos, como ocorre na Arábia Saudita, na Noruega, na Venezuela, no Irã e em outros países produtores. Quanto a Lula ser o mais popular político da História do Brasil, ele não chega aos pés de Getúlio Vargas. (C.N.)