domingo, dezembro 04, 2022

Sob o signo da liberdade, é preciso achar um caminho para o Brasil, sem fanatismos

Publicado em 4 de dezembro de 2022 por Tribuna da Internet

Manifestação contra o governo - Esplanada dos Ministérios | Flickr

Bem ou mal, com Lula ou Bolsonaro, a democracia é a salvação

Carlos Newton

Tenho esperança de que a Copa do Mundo possa valorizar no coração dos brasileiros o sentimento de que existe um caminho para este país, sem fanatismos políticos. Desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e a condenação e prisão de Lula da Silva, em 2018, o país mergulhou numa polarização política totalmente anacrônica e fora de época, desculpem a redundância.

A situação chegou a tal ponto que os militares decidiram apoiar a candidatura de um capitão rebelde e destrambelhado, que o ex-presidente Ernesto Geisel classificara de “um mau militar”, e Bolsonaro acabou ganhando a eleição de 2018 em cima dessa odienta polarização.

REGIME PARAMILITAR – Pela primeira vez na História, a partir de 2018 o Brasil viveu sob um regime paramilitar, com mais de sete mil integrantes das Forças Armadas desempenhando funções civis, algo jamais visto, nem mesmo no regime militar iniciado em 1964.

Mas não deu certo. Ficou patente que esse governo paramilitar foi muito inferior às gestões da ditadura, que não eram nada democráticas, mas procuravam se apoiar em civis de talento e sabia respeitar os interesses nacionais. 

Certamente os militares esperavam mais de Bolsonaro. Não podiam prever que ele nomeasse ministros de baixa qualificação, como Damares Alves, Ricardo Salles ou Milton Ribeiro. Justamente por isso, é  surpreendente que continuem a apoiá-lo, pois o comportamento de Bolsonaro nada tem a ver com a tradição das Forças Armadas brasileiras.

A VOLTA DE LULA – Foi a equivocada eleição de Bolsonaro, em 2018, que provocou essa volta de Lula da Silva, um político totalmente “fake”, que serviu ao regime militar como sindicalista, tornou-se uma espécie exitosa do famoso Cabo Anselmo (José Anselmo dos Santos), que também atuou como agente duplo na revolução de 1964, mas acabou morrendo no ostracismo.

O fato concreto é que o corrupto e amoral Lula volta ao poder por obra e graça do fracasso de Bolsonaro, e ainda há militares de ativa e da reserva que sonham com um golpe de estado, sem fazerem um “mea culpa” e reconhecerem o erro cometido.

A maioria dos brasileiros só elegeu Lula porque Bolsonaro fracassou e agora quer se transformar numa ameaça à democracia. Para quem vive sob o signo da liberdade, como nós aqui na Tribuna da Internet, é inaceitável esse movimento para perpetuar Bolsonaro no poder. Especialmente porque conta com apoio de militares da reserva e da ativa, que deveriam lutar pelos interesses nacionais – repita-se “ad nauseam”, como dizem os juristas.

BALANÇO DE NOVEMBRO – Como sempre fazemos todo início de mês, vamos publicar agora o balanço das contribuições recebidas para manter esse blog suprapartidário, que tem a pretensão e a ousadia de buscar o que é melhor para o país e o mundo. Não somos melhores nem piores dos que os outros países, somos apenas diferentes. E agradecemos muitíssimo a todos os amigos e amigas que contribuem para manter este espaço livre na internet.