qua., 2 de novembro de 2022 9:51 AM
Os bloqueios realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas rodovias do país desde a madrugada da última segunda-feira (31), por conta do resultado das urnas que deram a vitória a Lula (PT) sobre o mandatário, perdeu força após pronunciamento do presidente nesta terça-feira (1º).
Ainda assim, o país amanheceu com 167 bloqueios em rodovias federais nesta manhã (2), feriado de Finados.
O discurso de Bolsonaro na tarde desta terça não motivou o fim dos protestos nas rodovias, no entanto desaprovou as ações, fazendo com que o movimento perdesse força.
Os bloqueios, organizados por bolsonaristas, ocorrem em estradas de 17 estados. Na manhã de terça, 22 unidades federativas contavam com obstruções.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou balanço na madrugada desta terça, apontando que são 116 interdições e 51 bloqueios totais em rodovias. De acordo com a corporação, 563 manifestações já foram desfeitas.
Ainda de acordo com o boletim, os estados com maior número de ocorrências são Santa Catarina (37 bloqueios), Mato Grosso (30 interdições), Pará (18 interdições), Rondônia (15 interdições) e Minas Gerais (12 interdições e três bloqueios).
A PRF, diante das obstruções nas rodovias, pediu na noite desta terça-feira, o apoio da Força Nacional de Segurança e solicitou aeronaves da Polícia Federal para conter o avanço dos manifestantes e garantir a liberação das rodovias federais bloqueadas.
Além disso, os agentes da PRF solicitaram também o auxílio dos policiais militares e do Corpo de Bombeiros para dispersão dos apoiadores de Bolsonaro que se colocam contra o resultado das urnas e não aceitam a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, afirmou nesta terça-feira (1º), ao Supremo Tribunal Federal (STF), não possuir agentes suficientes para dispersar os bloqueios. A ação entre as forças de segurança foi definida durante reunião entre a PRF e o Ministério da Justiça.
“Assim, em cumprimento às determinações judiciais, faz-se necessário o apoio da Força Nacional para união de esforços em busca do interesse público, cujo planejamento das operações se dará em reunião conjunta de trabalho entre as forças de segurança pública”, declarou Vasques.
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