sábado, novembro 05, 2022

Campanha de Lula quer tornar Bolsonaro inelegível com ações no TSE




Equipe que conduziu campanha presidencial vitoriosa prepara duas ações que devem ser protocoladas no TSE na próxima semana

A equipe que fez a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente da República no último domingo (30), planeja ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana na tentativa de tornar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas, inelegível. Pelo menos duas ações de investigação eleitoral estão sendo preparadas. Elas devem listas acusações contra o atual mandatário por abuso de poder político e econômico. A informação é da emissora CNN Brasil.

Uma das ações irá explorar as declarações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas sem a apresentação de provas. As manifestações de apoiadores de Bolsonaro que não aceitaram o resultado eleitoral e bloquearam rodovias ao redor do país devem ser consideradas, assim como o apoio de políticos aos atos, como dos deputados eleitos Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

A segunda ação terá como foco ações econômicas do governo federal e benefícios liberados à população durante o processo eleitoral. Entre eles, a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, suspenso pela Caixa Econômica Federal até 14 de novembro. Deve ficar de fora, porém, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que elevou a parcela do Auxílio Brasil o R$ 600 até o final deste ano, conhecida como PEC Kamikaze pelo elevado gasto público. O motivo seria o voto favorável de parte da bancada do PT quando o assunto foi aprovado no Congresso Nacional.

As duas ações serão somadas a outras quatro já apresentadas ao TSE durante a campanha de Lula e que podem tornar Bolsonaro inelegível. São elas as que indicam o funcionamento de um ecossistema da desinformação por bolsonaristas, o uso da máquina nos atos de 7 de Setembro, o eventual abuso de poder no discurso da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e que questionam os disparos de SMS com banco de dados públicos do Paraná.

O Tempo