quarta-feira, outubro 26, 2022

Em audiência, Roberto Jefferson faz nova ofensa a Cármen Lúcia




Ex-deputado disse que ministra teve um papel 'muito pior' que o de uma prostituta

Por Levy Guimarães 

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso após disparar tiros e atirar granadas contra policiais federais no domingo (23), voltou a ofender a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em audiência de custódia nesta terça-feira (25).

Na semana passada, Jefferson chamou a ministra de “latrina” e disse que ela agia como uma “prostituta”. Dessa vez, o ex-parlamentar baixou ainda mais o nível em relação a Cármen Lúcia.

“Fiz um comentário mais duro contra o voto escandaloso da Min. Cármen Lúcia. Quero pedir desculpas às prostitutas pela má comparação, porque o papel dela foi muito pior, porque ela fez muito pior, com objetivos ideológicos, políticos. As outras fazem por necessidade”, disse.

Roberto Jefferson respondeu a perguntas do juiz Airton Vieira, instrutor do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Nesta terça, o ex-presidente do PTB afirmou que Moraes tem “um problema pessoal” com ele e se disse perseguido por dois anos. Também acusou o ministro de ser parte de uma “milícia judicial”.

“Eles cortam parte do fundo partidário do PTB contra a lei, porque o partido se colocou contra o ativismo do STF, especialmente do Min. Alexandre de Moraes. Ele diz que eu faço parte de uma milícia digital, mas eu acho que ele faz parte de uma milícia judicial no STF, por isso nós temos problemas”.

Ainda na audiência de custódia, Jefferson relatou o momento em que acionou granadas e deu tiros de fuzil na direção de policiais federais que cumpriam operações de prisão e de busca e apreensão em sua residência, na cidade de Levy Gasparian (RJ).

“Tirei o pino da granada. Os policiais correram para longe da viatura, e só então eu joguei a granada perto do carro. Com eles ainda longe do carro, joguei a segunda granada. O policial que pulou o portão começou a atirar em mim, ele ficou na frente da minha mira, mas eu falei comigo mesmo que não ia atirar para matar”, afirmou.

“Tive 3 (três) oportunidades para matá-lo, pois ele esteve na minha mira. [...] Dei 50 (cinquenta) tiros no para-brisa do carro, na tampa do capô e no pneu. [...] Não atirei em nenhum policial para ferir ou matar. Se eu assim desejasse, estariam todos mortos”, completou.

O Tempo