domingo, setembro 25, 2022

Bolsonaro chama Lula de ‘presidiário’ e Ciro diz que petista está de ‘salto alto’




As críticas a Lula já começaram antes mesmo do debate. Na chegada, os candidatos lamentaram a ausência do líder nas pesquisas. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e principal adversário de Lula, atacou o petista ao chegar. "A ausência do presidiário, do ex-presidiário demonstra que ele não tem compromisso com a população. Em 2018, eu não compareci por causa da facada e fui massacrado pelo PT", afirmou.

O presidente alegou que Lula "foi muito mal" no debate realizado pela Band, no início da campanha, e voltou a acusar o petista de ser responsável por esquemas de corrupção. "Foi tirado da cadeia e ‘descondenado’ por amigos no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é candidato, mas não tem condições morais de ocupar a Presidência."

O candidato do PDT, Ciro Gomes, lamentou a ausência do adversário. Para ele, Lula está de salto alto.

"É lamentável que um candidato que diz que precisa fazer voto útil para enfrentar o fascismo, e estigmatiza o fascismo da ponte adversária, não venha, na presença do adversário, mostrar o fascismo dele", afirmou Ciro ao chegar. "Eu estou aqui para denunciar a corrupção, o fascismo e, mais do que tudo, mostrar que o Brasil tem saída", disse.

Ciro afirmou que um candidato, quando falta a um debate, ou está de salto alto ou sabe que terá de enfrentar coisas que não tem como explicar. "No caso do Lula, é os dois", disse o pedetista, que voltou a bater na corrupção nos governos do PT.

Questionado sobre as propostas que discutirá no debate, o presidente afirmou que quer falar de políticas para mulheres. "Não adianta vitimizar sem proposta para tornar (as mulheres) independentes", disse. Pesquisas eleitorais mostram que Lula lidera as intenções de voto no segmento.

A candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, por sua vez, avaliou a ausência de Lula como um "ato de covardia". "Comparecer ao debate é obrigação do candidato e direito do eleitor", afirmou Soraya ao chegar ao debate.1 "Entendo que é ato de covardia do candidato. Você pode organizar sua agenda. A desculpa que foi dada é esfarrapada. É desrespeito."

O candidato do Novo, Felipe d’Avila, criticou o pedido por "voto útil" no primeiro turno, incentivado por Lula. "Voto útil para quem? Não é para o povo. Útil para o povo é o voto que vai livrar o Brasil da política populista que esses candidatos pregam", afirmou ao chegar ao SBT, em referência ao petista e Jair Bolsonaro. O candidato também disse que a polarização fez com que propostas não fossem discutidas ao longo da campanha. "Minimalismo político empobreceu a eleição", afirmou.

O petista atribuiu, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 23, a falta a conflitos de agenda e desconhecimento de um dos debatedores. Lula disse que, quando o debate foi agendado, ele já tinha comícios marcados. Ele afirmou também que não teve tempo para conhecer o novo candidato, que ele "nem sabe quem é", em referência a Padre Kelmon (PTB).

Os veículos de imprensa que organizam o debate, informam que a formação do pool ocorreu antes mesmo da sugestão dada pelo petista e que, desde 22 de março, todas as campanhas estavam informadas da data do evento.

Em nota divulgada também na sexta, o conjunto de veículos de comunicação informou que recebeu com surpresa a justificativa, pois, "diferentemente do que foi declarado pelo candidato, a formação do pool deu-se antes mesmo da sugestão feita por sua campanha". A parceria foi firmada em março deste ano.

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Simone se diz espantada com ausência de Lula em debate

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, disse estar espantada com a ausência do adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa.

"Me espanta quem prega o voto útil fugir de um debate", declarou Simone ao chegar à sede do SBT, em nova crítica à ofensiva petista sobre a terceira via com o objetivo de liquidar a eleição em primeiro turno.

A candidata minimizou o baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto e destacou que os levantamentos não definem a eleição. "Acredito na democracia, respeito democracia e estou pronta para aceitar resultado das urnas", afirmou Tebet.

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‘Providência divina’, diz padre Kelmon sobre candidatura

O candidato do PTB à Presidência, Padre Kelmon, disse que encara como "providência divina" sua candidatura ao Planalto. Ele assumiu o lugar de Roberto Jefferson (PTB) na chapa após o Tribunal Superior Eleitoral indeferir o nome do ex-presidente da legenda na disputa.

"Um sacerdote jamais pensou ser presidente da República do seu próprio país. Eu encaro como providência divina. Um padre e um pastor candidatos pela primeira vez na história", disse ao chegar na sede do SBT, onde acontece debate promovido pelo Estadão e outros veículos de imprensa. Jefferson está em prisão domiciliar por ordem proferida no inquérito das milícias digitais.

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Simone Tebet e Bolsonaro trocam acusações sobre orçamento secreto

No primeiro bloco do segundo debate entre presidenciáveis, a candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, escolheu o presidente Jair Bolsonaro (PL) para que respondesse à primeira pergunta e acusou o chefe do Executivo de cortar verbas da merenda escolar para destinar ao orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão.

Em resposta, Bolsonaro afirmou que a acusação da candidata é inverídica e disse que Simone Tebet foi uma das parlamentares que ajudaram a derrubar o veto ao orçamento secreto. O presidente também acusou a senadora e sua vice, senadora Mara Gabrilli (PSDB), de usarem recursos do esquema.

"O orçamento é feito em quatro mãos: Executivo e Legislativo. Não é verdadeira sua acusação de cortar a merenda porque o orçamento não foi votado. A senhora votou para derrubar o meu veto ao orçamento secreto", respondeu Bolsonaro. Ele afirmou que a senadora, como parlamentar, terá a chance de "pegar" os recursos do mecanismo para redistribuir aos ministérios, entre eles o da Educação.

Ao ser perguntado por Simone Tebet sobre ofensas às mulheres, Bolsonaro negou e acusou a candidata de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamado por ele de "ladrão". "Ofender as mulheres? Eu falo alguns palavrões, mas não sou ladrão. Não defendo por baixo dos panos outro candidato que já foi condenado, cumpriu cadeia e está se ausentando", respondeu.

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Soraya ironiza Bolsonaro Ao lembrar compra de Viagra e prótese

Em busca dos votos conservadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), a candidata do União Brasil ao Palácio do Planalto, Soraya Thronicke, ironizou o chefe do Executivo pela compra de Viagra e prótese peniana pelo poder público.

Ao perguntar ao adversário Luiz Felipe DAvila (Novo), Soraya usou a brincadeira "o que é, o que é?". "O que é, o que é? Tira remédio da Farmácia Popular, mas mantém a compra de Viagra? Não compra vacina para covid, mas distribui prótese peniana para seus amigos?", perguntou a senadora, que arrancou risadas da plateia com convidados das campanhas.

DAvila, contudo, evitou entrar na brincadeira e respondeu que a polarização brasileira está acabando com a discussão das propostas para o País. Ele também chamou o orçamento secreto de "excrescência".

Na réplica, Soraya lembrou que foi eleita na esteira bolsonarista em 2018, mas rompeu com o governo. "Eu estaria ao lado dele, não estaria nesse lugar, se ele tivesse sido honesto. O que foi feito é que estragaram até mesmo reputação da direita brasileira que estava nascendo. Não é representante da direita brasileira", declarou, sobre Bolsonaro.

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Bolsonaro faz dobradinha com Padre Kelmon para relacionar Nicarágua ao PT

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, fez uma dobradinha com o candidato Padre Kelmon, do PTB, para relacionar os casos de perseguição religiosa pelo governo de Daniel Ortega, na Nicarágua, ao seu principal rival, Luiz Inácio Lula da Silvia (PT).

O presidente tem vantagem contra o petista no público religioso nas pesquisas de intenção de voto. Bolsonaro lembrou de seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em que disse que o Brasil estava aberto para receber padres e freiras que estavam sendo perseguidos na Nicarágua e afirmou que Lula é "amigo íntimo" de Ortega.

"Nunca vi em nenhum momento o pessoal da esquerda brasileira criticar. São amigos, mas quando cometem atrocidades ninguém diz nada. O cristão é morto, perseguido, e não queremos essa situação no Brasil. Para que isso seja evitado, nós, católicos, ortodoxos e evangélicos, precisamos ficar atentos a esses que fazem parte do mesmo grupo, esses defendem a morte", respondeu Padre Kelmon.

O presidente também destacou que o governo de Ortega tem fechado veículos de comunicação. "Nós não daremos as costas aos perseguidos pelo mundo", disse Bolsonaro. Kelmon ainda disse que está concorrendo à Presidência, pois está preocupado com os rumos da Nação. O religioso foi escolhido para a liderar a chapa do PTB após Roberto Jefferson ter a candidatura negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Bolsonaro diz que, se reeleito, repetirá perfil de indicados ao STF

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e reafirmou que, se reeleito, vai repetir o perfil das indicações já feitas à Corte. A declaração foi feita no debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa. "O STF não é um poder imune a críticas."

Bolsonaro indicou os ministros André Mendonça e Nunes Marques, segundo ele, os mais "lúcidos" do tribunal. "Com quatro pensando em prol do Brasil, o STF mudará a forma de agir e não mais interferirá na vida de todos nós", disse, respondendo a pergunta do jornalista Márcio Gomes, da CNN.

Bolsonaro argumentou que a judicialização do STF contra o Executivo é clara, citando a liminar do ministro Alexandre de Moraes, sem citar seu nome, que suspendeu os efeitos do decreto que baixou o IPI no País. O presidente também lembrou da suspensão do Supremo aos decretos que facilitavam o acesso às armas no Brasil.

Segundo ele, "partidos sem qualquer representação", em vez de tentarem barrar as medidas no Congresso, recorrem ao STF, que, muitas vezes, "em caso de horas, em decisões monocráticas", revê ações. "Decretos eram parte de regulamentação de lei votada no Congresso. Isso atrapalha o Executivo."

Indicado para comentar a pergunta, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse que a "intrusão" do STF atualmente deve-se à "baderna institucional" no País, por falta de autoridade, com os últimos governos envolvidos com a Justiça. Ciro ainda alfinetou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lembrando que só cinco anos depois foi julgada a questão de os inquéritos sobre o petista terem tramitado em Curitiba. "Ninguém entende."

Bolsonaro respondeu que não deve nada para Justiça e lembrou-se do indulto ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

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‘Não confunda cloroquina com Florentina’, diz Soraya sobre imposto único e CPMF

A candidata do União Brasil à Presidência da República, senadora Soraya Thronicke, negou que o imposto único, proposta de sua campanha, seja uma reedição da polêmica Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), no debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa. Ela ironizou: "Não confunda cloroquina com Florentina."

"A CPMF não é o imposto único federal. O imposto único vai substituir 11 tributos e tirar o peso do consumo e colocar na movimentação financeira. Quem movimenta mais dinheiro paga mais. Quem ganha menos, paga menos", disse, ao tentar desconectar sua proposta da CPMF, que também incidia sobre movimentações financeiras.

Segundo ela, a CPMF era provisória, para investimento em saúde, mas virou permanente e não teve os recursos ligados necessariamente à área. Ao responder às manifestações do candidato do PTB, Padre Kelmon, Soraya ainda disse que o "Estado mínimo não pode ser o mínimo do mínimo" porque as pessoas passam fome e que é preciso aumentar a arrecadação, hoje paga por 70% da população, segundo ela.

"O imposto único é insonegável. Muitos não querem, diminui a carga, arrecada mais e mantém repasse aos Estados e municípios porque não impacta o pacto federativo", defendeu.

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dAvila afirma que Lula é ‘campeão’ no tema corrupção

No terceiro bloco do debate entre presidenciáveis promovido pelo Estadão e outros veículos de imprensa, o candidato Luiz Felipe dAvila (Novo), ao perguntar ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre medidas para combater crimes de corrupção, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é "campeão" no assunto. "Brasil está cansado de ver escândalos de corrupção drenando o dinheiro do povo brasileiro", afirmou.

Em resposta, Bolsonaro voltou a afirmar que tirou "as corrupções das manchetes" e se diz "orgulhoso". Segundo ele, as acusações que surgem contra ele são apenas "suposições". "Demos o exemplo escolhendo pessoas corretas para estar à frente dos ministérios. Nós não aceitamos as indicações político-partidárias para ministérios, Caixa, Banco do Brasil, BNDES e estatais", disse. "Olha os assaltos que havia nos fundos de pensão das estatais", continuou, citando um contracheque de carteiro dos Correios.

O candidato do Novo também falou, dirigindo-se a Bolsonaro, sobre o orçamento secreto e sua aproximação com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que se envolveu no escândalo de corrupção do mensalão. O presidente da República limitou-se a dizer que, anos atrás, foi "um dos três deputados que não pegavam dinheiro na Petrobras".

O chefe do Executivo também afirmou que não sabe "para onde vai o dinheiro desse tal orçamento secreto".

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PT e Bolsonaro têm relação com corrupção

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, e as gestões petistas têm a pecha de corrupção, no debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa.

Em sua pergunta ao candidato Felipe dAvila (Novo), Ciro disse que Bolsonaro foi eleito em meio à crise econômica e aos escândalos de corrupção nos governos do PT, mas citou pesquisa Datafolha que mostra que 69% da população brasileira têm impressão que há corrupção na administração atual.

"Presidente Bolsonaro teve oportunidade de ouro de mudar radicalmente", disse. "E teve a proeza de ressuscitar Lula, que se tinha clareza lá atrás que estava relacionado com a corrupção."

DAvila ainda buscou se distanciar de Bolsonaro. "Você vai perceber a diferença para o governo Bolsonaro. Nesse governo Bolsonaro, as pessoas parecem que estão com saudade do PT. Só tem um jeito para evitar o PT na Presidência, é votar no partido Novo."

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Agronegócio não está livre ‘para fazer o que quiser’, diz Ciro Gomes

Após elogiar o agronegócio por "carregar o Brasil nas costas", o candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou que o setor não está livre "para fazer o que quiser".

"O agronegócio está livre para fazer o que quiser e bem entender? Claro que não. E o setor mais moderno e avançado do agronegócio já sabe que tem que produzir em bases sustentáveis. Temos que estimular o bom exemplo, que é generalizadamente a característica da maioria", declarou o pedetista durante o debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa. "Não tenha dúvida de que toda a qualquer perseguição ao agro é tiro no pé", acrescentou.

A candidata Soraya Thronicke (União Brasil) lembrou a ideia, lançada de maneira informal durante um comício pelo adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que faltou ao debate, de reduzir a exportação de carne para abastecer o mercado interno.

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Soraya critica declarações de governo Bolsonaro contra China e França

A candidata do União Brasil à Presidência da República, a senadora Soraya Thronicke, criticou as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que a França está "ficando irrelevante". Segundo Soraya, um dos maiores erros do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi abandonar da economia liberal, além da questão da corrupção.

"Os ministros falam mal dos nossos clientes, falam mal do nosso maior comprador, que é a China, fala mal da França. Já imaginaram falar mal do cliente? É não cuidar do mercado interno", disse, no debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa.

Soraya ainda disse que as pessoas no Brasil, que é "considerado celeiro do mundo", estão passando fome e que a carga tributária não vai ser prioridade dos candidatos que lideram as pesquisas.

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Bolsonaro defende Guedes sobre declaração de ‘ligar o f…’ para a França

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, defendeu há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes, após o auxiliar dizer, em agosto, que o Brasil pode "ligar o f..." para a França. Segundo Bolsonaro, Guedes defendeu na ocasião os interesses e a soberania brasileira.

"Paulo Guedes não criticou ninguém, apenas falou a verdade sobre a ingerência do governo francês e a forma como o outro governo se dirigia ao nosso País. Isso é defender a nossa soberania e defender os interesses do nosso País", declarou Bolsonaro.

O comentário do ministro foi feito no evento de abertura de um congresso da Abrasel, associação que reúne bares e restaurantes. O candidato à reeleição deu a declaração como direito de resposta durante o debate presidencial.

Bolsonaro falou ainda que o Brasil melhorou "muito" durante seu governo, destacando que a preocupação pelos pobres se reflete ainda com o "número de empregos".

"O meu governo foi o que mais colocou machões na cadeia; defendo mulheres no Brasil. Foi o que mais atendeu os pobres com Auxílio Brasil", destacou, acusando ainda o Partido Novo, do candidato Felipe dAvila, de ter votado contra ao Auxílio Brasil.

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Quem criou história do ‘nós contra eles’ foi o PT, e Bolsonaro adora, diz Ciro

No quarto e último bloco do debate entre presidenciáveis, o candidato pelo PDT a presidente, Ciro Gomes, ao comentar o aumento de casos de violência política no Brasil, afirmou há pouco que quem "criou essa história do nós contra eles foi o PT e o Bolsonaro adora porque um resolve o problema do outro".

A fala de Ciro foi feita após o questionamento de jornalista ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, sobre os casos de violência durante as eleições. A profissional perguntou se o chefe do Executivo se arrepende da declaração sobre "fuzilar a petralhada".

Em resposta, o presidente disse que, durante seu governo, foram reduzidas em mais de 40% as mortes violentas no Brasil, quadro atribuído por ele, inclusive, pela política armamentista.

Bolsonaro também citou a morte de um petista em Foz do Iguaçu (PR) por um bolsonarista. "Esse episódio lamentável de Foz do Iguaçu, como tantos outros, eu recebi o irmão da vítima, que disse para todos que votava em mim. Eu recebi com toda cordialidade. Liguei para os seus familiares naquele momento. Fiz uma live de quase uma hora. A esposa dele também fez uma oração de mais de 30 minutos pregando a paz", comentou.

"Querer imputar a mim essa responsabilidade foge do jornalismo minimamente sério", emendou Bolsonaro.

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Kelmon critica cotas e diz lei serve para criar divisão racial

No quarto e último bloco do debate entre presidenciáveis, o candidato pelo PTB, Padre Kelmon, perguntado por jornalista sobre a manutenção da Lei de Cotas, disse que esta política serve para "criar divisão racial".

Ao longo do encontro, Padre Kelmon formou "uma dobradinha" com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e preferiu exaltar a gestão do atual chefe do Executivo.

"Vocês parecem que pregam política para levar o brasileiro a odiar o próprio brasileiro", afirmou o petebista, sobre a Lei de Cotas. "Os negros não precisam de subterfúgios de dinheiro, de ajuda de um ou de outro. Cada um é capaz de mostrar que com seus esforços, é capaz de chegar à universidade, chegar a um trabalho de qualidade" continuou.

Padre Kelmon disse ainda que é necessário investir na criança negra, branca e índia e destinar mais recursos ao ensino básico do que ao superior.

Na mesma pergunta, a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) defendeu a manutenção das cotas, mas ponderou que o Brasil gasta como "Primeiro Mundo" na educação e entrega resultados pífios. "Isso é inaceitável. Começaremos nossa reforma na educação valorizando professores, isentando todos eles no Imposto de Renda, como era antes de 1964", enfatizou. A senadora também defendeu a participação da iniciativa privada no sistema educacional.

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‘Campeão da democracia se ausentou’, diz Ciro, sobre falta de Lula a debate

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou há pouco a criticar a ausência do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate promovido pelo Estadão e outros veículos de imprensa e se defendeu de críticas de que estaria vinculado à extrema-direita.

"O Lula e o PT estão acusando até a mim de conivência com o fascismo. O representante do fascismo, indicado por Lula e pelo PT, estava aqui, levou muita pancada de todos nós, e o campeão da democracia se ausentou. Como um democrata se ausenta de um debate?", perguntou, ao deixar o estúdio do SBT.

Ciro também pediu o voto da fatia do eleitorado que ainda não sabe em quem votar. "Entre os indecisos, aqueles que estão inclinados a votar Lula ou não querem votar, a maioria das forças está com vocês", afirmou.

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‘Muito duro ver candidato mentir contra senadoras’, diz Simone, sobre Bolsonaro

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, por mentir ao dizer que ela e a senadora Soraya Thronicke (MS), candidata do União Brasil, votaram para derrubar veto presidencial ao orçamento secreto. Na verdade, as duas votaram a favor da manutenção do veto.

"É muito duro ver candidato fabricar fake news e mentir contra duas senadoras da República", disse Simone Tebet ao deixar o debate.

Na saída, a candidata voltou a criticar o petista Luiz Inácio Lula da Silva por faltar ao debate. "Como é que vamos dar voto no escuro, cheque em branco para alguém que foge do debate?", disparou a emedebista. "Os dois que pontuam as pesquisas são dois candidatos com denúncias seriíssimas de corrupção", acrescentou, em linha com a estratégia da terceira via de comparar Lula e Bolsonaro para tentar furar a polarização.

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Bolsonaro reclama de perguntas e diz que jornalistas se uniram a adversários

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) reclamou das perguntas feitas a ele pelos jornalistas no debate promovido neste sábado pelo Estadão e outros veículos de imprensa. "Não foi apenas, como disse o Padre Kelmon, cinco contra um. Foi cinco mais cinco jornalistas. Não se faz isso. Jornalismo tem que ser independente", criticou o presidente após o debate.

Padre Kelmon, candidato do PTB à Presidência da República, fez dobradinha com Bolsonaro ao longo de todo o debate e afirmou que os adversários se uniram contra o chefe do Executivo. Participaram do debate Soraya Thronicke (União Brasil), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe DÁvila (Novo). O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faltou.

Aos jornalistas presentes, Bolsonaro voltou a criticar Lula pela ausência. "O povo lamenta a ausência do fujão de não comparecer e se defender de acusações, que são gravíssimas", afirmou. "Segundo o Datafolha, ganha no primeiro turno, mas não sai às ruas e foge do debate", acrescentou.

Estadão / Dinheiro Rural