Publicado em 28 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet
Eduardo Barretto
Metrópoles
O Ministério Público Militar descartou investigar o coronel bolsonarista Ricardo Sant’Anna, que no início do mês foi expulso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do grupo de militares que fiscalizará a eleição. Sant’Anna foi retirado do cargo por ter publicado diversas fake news contra as urnas eletrônicas em suas redes sociais.
As informações falsas do chefe da Divisão de Sistemas de Segurança e Cibernética da Informação do Exército contra a eleição foram reveladas no último dia 5 pelo repórter Bernardo Lima, da coluna de Rodrigo Rangel.
JUSTIFICATIVA – Segundo a avaliação do Ministério Público Militar, Sant’Anna não cometeu irregularidades nesse episódio. Após uma análise preliminar, os procuradores consideraram que Sant’Anna não usou a estrutura militar para compartilhar as fake news. Assim, a expectativa é que o caso seja investigado pelo Ministério Público e julgado pela Justiça Comum.
As publicações do coronel Ricardo Sant’ana seguem a linha do discurso propalado pelo presidente da República e por seus apoiadores. O militar, de 47 anos, formou-se oficial em 1997 e estava lotado até recentemente no Instituto Militar de Engenharia, o IME.
Alguns posts compartilhados pelo militar com seus seguidores no Facebook envolvem, inclusive, questionamentos à integridade do próprio sistema de votação adotado pelo TSE. Uma publicação de Sant’ana chegou a ser marcada pela rede social como “informação falsa”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Um dos maiores inimigos da democracia é o corporativismo. Essa “isenção” do coronel Sant’Anna é um exemplo vivo do corporativismo que desmoraliza até as Forças Armadas. Dá um desânimo danado nas chamadas pessoas de bem. (C.N.)