quarta-feira, agosto 31, 2022

Eunício Oliveira diz que Ciro é 'coronelzinho' e o acusa de propina. Presidenciável reage: 'ladrão é ele'

 


O ex-senador Eunício Oliveira, que é presidente do MDB no Ceará, foi às redes sociais, nesta terça-feira (30), usar sua artilharia contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Em uma sequência de postagens contra o candidato, o ex-presidente do Congresso Nacional o acusou de propina em obras da Arena Castelão em Fortaleza, chamou o candidato de 'coronelzinho político decadente de meia pataca', 'mentiroso dissimulado'. Disse ainda disse que vai entrar com uma ação de despejo por dívidas de pagamento de aluguel. Ciro Gomes , que está em agenda de campanha no Rio , rebateu às acusação: — Ele vai responder na Justiça, porque ladrão é ele.

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Na postagem, Eunício que é adversário declaro de Ciro há anos, diz que o presidenciável licitou a Transnordestina acusando ele de ter sido "demitido por incompetência nos governos Dilma e Lula, que tanto critica." Além disso, o ex-senador cita licitação da Ponte Estaiada, no Ceará, que o Ministério Público pediu a anulação por prejuízos ao Erário e ironiza busca e apreensão da Polícia Federal sobre pagamentos de R$11 mil em ganho de propina por parte de Ciro em obras de reforma da Arena Castelão "disfarçados de doações eleitorais".

Sobre o apartamento, o pedetista estaria vivendo no imóvel, arrematado em junho do ano passado após leilão judicial para pagamento de dívidas. Na época, o local estava à venda para o pagamento de indenização por danos morais a Fernando Collor de Melo (PROS), e adquirido por Eunício no valor de R$ 520 mil.

A animosidade entre oponentes, ambos do Ceará, é antiga. Marcada por briga e acusações respondidas por ambos na justiça. O apartamento surge na história dos dois porque foi usado como pagamento de indenização ao senador Fernando Collor, ex-presidente da República. Ele vai nas mãos de Eunício quando foi à leilão em junho do ano passado. O motivo da indenização foi porque durante entrevista em 1999, Ciro Gomes disse que Lula deveria ter chamado Collor de "playboy safado" e "cheirador de cocaína" durante os debates eleitorais de 1989. A declaração motivou Collor a entrar com o processo judicial e Ciro foi considerado culpado pela Justiça por danos morais. Levando o presidenciável a pagar dívida com dinheiro arrecadado com leilão do Imóvel, adquirido por Eunício, após perder processo judicial.

Em novembro de 2021, o ex-presidente do Senado foi condenado a pagar R$ 50 mil a Ciro, na época ex-ministro da Integração Nacional, por se referir ao pedetista como “batedor de carteira”, “sem escrúpulos” e “cooptador de partido”. Este é o quarto processo em que o ex-senador perde em uma disputa judicial contra o pedetista que se arrasta desde 2014, quando os dois romperam politicamente.

Suspeita de corrupção

Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito contra o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), apurar crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O pedido foi baseado na delação premiada de Nelson José de Mello, ex-diretor de relações institucionais do grupo Hypermarcas, que foi homologada em 2016.

A investigação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no tribunal, no dia 26 de abril de 2017. O pedido de investigação foi feito pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio. Em sua delação, Nelson de Mello afirmou que Eunício recebeu R$ 5 milhões, por meio de contratos fictícios, para sua campanha ao governo do Ceará em 2014.

No ano seguinte, nas eleições de 2018, Eunício lançou seu confirmou a candidatura de seu filho, Rodrigo Oliveira, para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Caminhada no Saara

Cumprindo agenda de campanha, o presidenciável Ciro Gomes se reuniu com aliados da chapa para agenda de campanha no Saara, centro comercial do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira. O encontro contou com a presença de Rodrigo Neves (PDT), disputante ao governo do Rio, Cabo Daciolo (PDT) que é candidato ao Senado, o Presidente do PDT, Carlos Lupi, e Martha Rocha, candidata à reeleição na Alerj.

Durante discurso à imprensa o candidato falou sobre crescer nas pesquisas e apresentou propostas para ajudar brasileiros endividados: — Vou levantar os votos de todos os brasileiros endividados, porque tenho um projeto para ajudar a renegociar essas dívidas todas. Para todos os brasileiros que estão passando fome, ou estão subnutridos, vou criar um programa de renda mínima que vai acabar com a pobreza, e digo de onde vem o dinheiro.

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Além disso, Ciro frisou que pretende investir na geração de emprego: — Quero os votos de todos os brasileiros que estão desempregados, tenho uma proposta de fazer 5 milhões de empregos aparecerem consistentemente nós dois primeiros anos. Sou o candidato de todos os humilhadas do Brasil. Infelizmente, a maior parte dos brasileiros passa dificuldades com a inflação, que eu sei acaba — completou.

Rodrigo Neves, Daciolo e o restante dos candidatos do PDT seguiram na caminhada, no Saara, e o Ciro Gomes saiu para conversar com empresários da Firjan no Centro do Rio.

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