sexta-feira, maio 27, 2022

Combates no leste da Ucrânia atingem "intensidade máxima"




Rússia renova ofensiva para consolidar controle da província ucraniana de Lugansk. Zelenski pede mais armas e vice-ministra afirma que país vai enfrentar numa fase "extremamente difícil" e "longa" do conflito.

Os combates no leste da Ucrânia atingiram sua "intensidade máxima" nesta quinta-feira (26/05), disseram autoridades do país, que continuam exigindo mais armas dos países ocidentais para combater os invadores russos.

Mais cedo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, descreveram a superioridade das forças russas no Donbass, no leste do país, onde a ofensiva russa está agora concentrada, e pediram mais apoio militar aos países ocidentais.

"O inimigo é claramente superior em termos de equipamento e número de soldados" no Donbass, disse Zelenski. "Precisamos da ajuda de nossos parceiros e especialmente de armas", acrescentou.

Os combates no leste do país e atingiram sua "intensidade máxima", segundo a vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Malyar, que alertou para uma fase "extremamente difícil" e "longa" do confronto.

Depois de não conseguirem controlar Kiev, as forças russas estão se concentrando no leste da Ucrânia, já parcialmente sob o controle dos separatistas apoiados pela Rússia desde 2014.

O exército russo agora tenta controlar a cidade de Severodonetsk, que tinha cerca de 100.000 habitantes antes da guerra. A cidade é fundamental para o controle total sobre o Donbass.

De acordo com Kuleba, "algumas cidades e vilarejos não existem mais" na região, que está sob forte bombardeio há dias.

"Foram reduzidos a ruínas pela artilharia russa, pelos sistemas russos de foguetes de lançamento múltiplo", disse o ministro, acrescentando que esses são precisamente o tipo de armas que seu país precisa agora.

Segundo Sergei Haidai, governador da província de Lugansk, que fica na região do Donbass, a situação "é muito difícil" e "a próxima semana será decisiva".

O governador informou que cerca de 15.000 pessoas permanecem em Severodonetsk e cidades vizinhas, e a maioria não quer sair apesar dos bombardeios incessantes.

"A tarefa é extremamente difícil na região de Lugansk porque tivemos três meses sob ataques constantes, bombardeios constantes e, agora, todas as forças russas estão posicionadas aqui e temos que conter essa horda", disse hoje Haidai num vídeo publicado na rede social Telegram.

"Lentamente, os nossos homens estão se retirando para posições mais fortificadas. É muito difícil para os nossos homens [soldados ucranianos]. Extremamente difícil. Mas estão aguentando", acrescentou Haidai.

Na cidade de Lisitchansk, a polícia assumiu o controle dos serviços funerários para enterrar os mortos, disse Haidai. Pelo menos 150 pessoas tiveram que ser enterradas em uma vala comum, segundo Haidai.

Deutsche Welle

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Bolsonaro manda indireta a Lula: 'Ataca a família e quer desarmar o povo'

Presidente da República fez 'coraçãozinho' para os presentes

Em Minas Gerais, presidente Jair Bolsonaro mandou indireta a pré-candidato petista e foi ovacionado por apoiadores: 'Nossa bandeira jamais será vermelha'

Por Ana Mendonça e Matheus Muratori

Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (26/05) Lula (PT), pré-candidato à Presidência nas eleições gerais deste ano, Bolsonaro, que também é pré-candidato para reeleição ao posto, mandou a "indireta" ao candidato petista tendo como base o conservadorismo.

“Os nossos valores devem ser preservados a qualquer custo. Não podemos admitir que quem ataque a família, quem defenda o aborto, quem fale em ideologia de genero ou queira desarmar seu povo queira ser presidente da República”, disse Bolsonaro. 
 
Bolsonaro participou na tarde desta quinta-feira (26/05) da cerimônia de entrega de 500 unidades habitacionais do Residencial Buritis, em Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço de Minas Gerais.
 
CoronelFabriciano

Também durante o evento, o presidente agradeceu a recpção dos moradores. "É uma alegria, onde quer que seja o local do nosso imenso Brasil, cada vez mais vemos as cores verde e amarela predominando. A certeza que cada vez mais nosso país se afasta do socialismo e do comunismo. A certeza que temos um Brasil onde seu governo acredita em Deus, respeita e defender a família brasileira e que deve lealdade ao seu povo", disse.

Em seguida, apoiadores gritaram em defesa do chefe do Executivo Federal. “A nossa bandeira jamais será vermelha”, fazendo alusão a bandeira petista.

'Durante cerimônia, Bolsonaro atendeu a apoiadores e moradores que estavam no local'

O presidente chegou de avião e depois de carro a Coronel Fabriciano no início da tarde, após sair da base aérea de Brasília, no Distrito Federal, até o aeroporto de Ipatinga, no município mineiro de Santana do Paraíso - cidade a 20 minutos de Fabriciano.

A entrega do conjunto, que acontece no âmbito do porgama Casa Verde e Amarela (ex-Minha Casa Minha Vida), atrasou por cerca de uma hora. Isso porque Bolsonaro participou de uma motociata no meio do caminho, com centenas de pessoas.

O evento em Fabriciano contou com cerca de duas mil pessoas, entre moradores, apoiadores e autoridades (políticas ou do campo empresarial), como o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira. Antes e depois do lançamento do conjunto, o presidente interagiu brevemente com os presentes, mas sem atender a imprensa.

Depois desta visita, Bolsonaro segue por via aérea até BH, onde desembarca no Aeroporto da Pampulha. Ele permanecerá na capital mineira até cerca de meia-noite, para um evento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), e depois deve retornar a Brasília.

Caneta? Não

Fabriciano

'Ao todo, 500 moradias foram entregues no Residencial Buritis, em Coronel Fabriciano'

Uma curiosidade da cerimônia diz respeito ao protocolo de segurança. Itens como canetas, garrafas d'água e isqueiros foram proibidos e precisaram ser descartados na entrada.

O movimento visa garantir a Bolsonaro uma maior segurança física. Em 2018, ele foi alvo de uma facada na barriga quando fazia campanha presidencial em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas.

O perímetro urbano também contou com isolamento de um quilômetro, com fiscalização da Polícia Militar de Minas Gerais. Com isso, carros não tinham acesso ao local, o que obrigou uma caminhada por parte dos presentes. O espaço também não contava com rede de internet.

Estadão / Estado de Minas