Valdo Cruz G1 / Charge do Kacio (Metropoles)
Diante das denúncias de suposto esquema de “rachadinha”, aliados do presidente Jair Bolsonaro vão trabalhar para que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), seja ao menos afastado do posto.
Como presidente da CCJ, Alcolumbre está segurando a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente da República para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
SERVIDORAS FANTASMAS – Reportagem da revista “Veja” divulgada nesta sexta-feira (3) relata que Davi Alcolumbre empregou servidoras fantasmas em seu gabinete por cinco anos em um esquema de “rachadinha”. A “Veja” afirma que Alcolumbre desviou pelo menos R$ 2 milhões.
Após a publicação da reportagem Alcolumbre divulgou nota na qual disse ser alvo de perseguição política e que só tomou conhecimento dos fatos a partir da reportagem. Na nota, disse ainda que em nenhum momento participou dos fatos narrados pela revista.
Segundo apurou o blog, senadores avaliam a reportagem como “grave” e entendem que os fatos terão de ser esclarecidos.
PRECISA SAIR – Parlamentares governistas defendem que Alcolumbre deixe no mínimo temporariamente o posto de presidente da CCJ, até que as investigações sejam concluídas. Abrindo, na prática, espaço para que outro senador assuma o comando da comissão e possa marcar a sabatina de André Mendonça.
Alcolumbre tem dito a aliados que Mendonça, hoje, não seria aprovado pelo Senado, o que seria uma derrota para o presidente Bolsonaro. Quanto às rachadinhas, diz esperar que a denúncia seja apurada o mais rápido possível.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Alcolumbre não é flor que se cheire. Aliás, seu comportamento fede a quilômetros de distância. Diz que espera rapidez nas investigações, por saber que o Supremo é mais lento do que uma tartaruga hemiplégica. Se realmente for investigado, o fedor será ainda maior. (C.N.)