Os documentos apreendidos pela Polícia Federal na sede da Precisa Medicamentos indicaram que o contrato fechado pelo Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin não tinha garantia do laboratório Bhrat Biotech, fabricante do imunizante.
De acordo com o Jornal Nacional, que teve acesso a algumas partes do documento, os contratos deveriam estar assinados antes do dia 25 de fevereiro, quando foi acertada a compra de 20 milhões de doses pelo Ministério da Saúde com a Precisa, por R$ 1,6 bilhão.
Segundo a reportagem, por ignorar as exigências técnicas na tentativa de acelerar o negócio da Covaxin, o governo de Jair Bolsonaro pagou antecipadamente US$ 45 milhões à empresa sem que isso estivesse previsto no acordo.
Com a descoberta dos documentos e comprovação de que não havia contrato assinado entre a Precisa e a Bharat, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou não ter mais dúvidas de que a negociação foi criminosa.
"Aqui no Brasil, a Precisa falsificou 'invoice' e depois a própria Bharat Biotech confessou a falsificação de documentos pela Precisa", disse ao Jornal.
A Precisa Medicamentos garante que toda negociação foi legal e atendeu a critérios rigorosos de integridade e interesse público.
Bahia Notícias