Publicado em 26 de setembro de 2021 por Tribuna da Internet
Mônica Bergamo
Folha
A Precisa Medicamentos está sofrendo uma chuva de processos na Justiça de clínicas, laboratórios e associações que compraram dela vacinas da Covaxin que jamais foram entregues. A empresa é investigada pela CPI da Covid por suposta fraude na tentativa de aquisição de imunizantes.
Além da ação já divulgada em que a empresa teve R$ 144 mil bloqueados pelo Tribunal de Justiça de SP a pedido do Laboratório Côrtes Villela, outras oito demandas foram apresentadas à Justiça do estado. No total as dívidas somam R$ 1,8 milhões.
PAGOU À TOA – Apenas uma das empresas, a Centro de Diagnóstico Brasil (CDB), pagou R$ 1 milhão relativos a 10% do contrato para obter vacinas. Voltou atrás depois que o Congresso Nacional impediu a iniciativa privada de comercializar vacinas. Mas não recebeu os recursos de volta.
Na decisão em que já bloqueou recursos da Precisa em contas bancárias, o desembargador Alfredo Attié afirmou que a empresa “vem sendo investigada por participação alegada em uma série de ilícitos penais e civis, envolvendo a compra das vacinas da Covaxin, de forma superfaturada e fraudulenta, fatos que são gravíssimos, por Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal, a denotar sério risco de não pagamento dos valores antecipados pela autora. Há, assim, perigo de dano e risco ao resultado útil do processo”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O mais incrível nisso tudo é que os diretores da Precisa e da Global, que são os mesmos, recebem adiantado e não entregam os remédios. No caso da Global, 14 pacientes morreram de imediato, por falta dos medicamentos. E não aconteceu nada, rigorosamente nada. Os “empresários” da Global submergiram e depois voltaram à cena na empresa Precisa, aplicando o mesmo golpe no mesmo cliente, o Ministério da Saúde, e não acontecerá nada, rigorosamente nada, porque os três Poderes, para libertar e “inocentar” Lula da Silva, já se encarregaram de garantir que esses tipos de crime gozem de impunidade no Brasil. Mas quem se interessa? (C.N.)