sexta-feira, julho 30, 2021

“Se colar,colou” Vereador/suplente deputado em outro Estado aporta SE

 30 jul, 2021 4:07


     Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.


Em primeiro lugar, o leitor diário deste espaço sabe que o titular jamais foi “barrista” e muito menos usou o termo “forasteiro” contra qualquer político ou cidadão. Até porque seria uma incoerência tremenda, já que este jornalista é baiano da terra do cacau (Itabuna), radicado em Sergipe desde menino. Agora, pode sim, alertar a população para os aventureiros eleitorais que chegam às vésperas das eleições.

Antes, porém, alerta para alguns políticos com mandato da atualidade por Sergipe que não são da terra, mas têm serviços prestados:

José Eduardo Dutra, já falecido; Edvaldo Nogueira, atual prefeito de Aracaju e o senador Alessandro Vieira. Valdevan 90, deputado federal, não entrará na história porque, mesmo morando em SP, hoje é sergipano nato.

Primeiro, o ex-senador José Eduardo Dutra, carioca de nascimento, mineiro e sergipano de orgulho como ele dizia. Chegou em Sergipe em 1983, como geólogo, e toda carreira política foi apenas aqui. Foi eleito senador de 1995 a 2003 e disputou o governo do Estado por duas vezes. José Eduardo não chegou como aventureiro, veio trabalhar e, como cidadão consciente e questionador, foi militante ativo do PT, chegando a comandar o partido nacionalmente.

O segundo exemplo é o atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, que o titular deste espaço não tem muita aproximação hoje, mas, embora mais jovem do que ele, quando militava no movimento secundarista conheceu Edvaldo como estudante universitário e militante do PCdoB. Edvaldo é alagoano de Pão de Açúcar e toda carreira política foi feita em Aracaju, como vereador em 1988, vice-prefeito e prefeito. Não chegou para se aventurar nas terras de Sergipe del Rey.

O terceiro e o último exemplo, mais recente, é o atual senador Alessandro Viera. Assim como este jornalista chegou em Aracaju ainda menino, com 3 anos, passando toda vida aqui, chegando a delegado de carreira e ao mandato de Senador. Outro que não é aventureiro eleitoral e sim teve o trabalho realizado e respaldado pelo mandato que conquistou nas urnas.

Agora, com todo respeito, alguns colegas compararem as histórias de José Eduardo, Edvaldo Nogueira e Alessandro Vieira com o desejo do ex-jogador de futebol Washington de disputar um mandato de senador por Sergipe, é piada de mau gosto.

Para começar, Washington Stecanela Cerqueira, que é brasiliense, foi vereador em Caixas do Sul (RS), onde iniciou a carreira e depois suplente de deputado federal chegando a assumir em 2019. E lá também investiu no ramo da construção civil.

Washington agora é sócio de um restaurante em Aracaju e alguém botou na cabeça dele que Sergipe é terra de ninguém, não tem lideranças.

Caro Washington, não confunda a hospitalidade e a cordialidade dos sergipanos com burrice. O povo aqui não é ababacado e como se diz lá no sul, na sua segunda terra, você pode ficar abichornado com o resultado eleitoral.

Chegue, assente-se, crie raízes, incorpore a Sergipanidade e, depois de alguns anos, seja candidato. E pode cobrar: se ainda estiver escrevendo, este jornalista será o primeiro a bater palmas.

Por enquanto, Washington, que gosta do apelido de coração valente, está sendo adjetivado assim nas rodas da sociedade: “aventureiro eleitoral. Se colar, colou, vai acabar arrastando a mala…”

 

Sobre títulos de cidadania Sinceramente, os legislativos de todo país deveriam ter alguns requisitos para concessão de títulos de cidadania. Aqui em Sergipe mesmo basta ser autoridade ou passar alguns anos no Estado e recebe a “honraria”. Entre aspas mesmos porque há muito tempo virou mercadoria do Paraguai. Aliás, o blog sempre achou assim, tanto é que recusou várias vezes o convite de alguns amigos parlamentares para dar entrada na concessão de título para este baiano, tanto na Câmara de Aracaju como na Alese. Já sou sergipano há muito tempo. Nasci em Itabuna, mas vivo a sergipanidade em toda essência. O pior é saber que alguns que receberam título pensam que Aracaju tem acento no U ou pior: que Sergipe fica localizado perto do Piauí e do Ceará. 

INFONET


Nota da redação deste Blog -  Este artigo do Jornalista Cláudio Nunes corrobora com o que sempre combati quando alguns bairristas de Jeremoabo usavam o termo pejorativo " forasteiro"; cito como exemplo o atual prefeito Deri do Paloma, que não pode nem deve ser chamado de forasteiro.

Se não tem capacidade para gerir Jeremoabo é outro departamento.

Outra aberração que sempre contestei através deste BLOG foi os "títulos de cidadão," que como bem define o jornalista " Entre aspas mesmos porque há muito tempo virou mercadoria do Paraguai".

Muitos são os títulos concedidos gratuitamente pela Câmara de Vereadores sem o menor mérito; simplesmente avacalhou, deteriorou.

Acrescento que pior ainda são os nomes de ruas agraciando pessoas vivas o que é  proibido por lei; pior ainda, onde muitos nada acrescentaram para Jeremoabo ou mereceram tais honrarias.

Mas como cada povo tem os representantes que merece, paciência.