segunda-feira, maio 24, 2021

Do Bezerro Nega Vida, dos arrependidos e do perdão

 em 24 maio, 2021 2:48

  Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

 


No livro do Êxodo, a Bíblia narra quando o povo foi salvo por Deus da escravidão do Egito através de Moisés. Certo dia, quando Moisés subiu à montanha para falar com Deus, o povo, cansado de esperá-lo, corrompeu-se, fez um Bezerro de metal fundido e ofereceu-lhe sacrifícios como se fosse um deus.

O Senhor alertou a Moisés: “… esse povo tem a cabeça dura. Deixa pois, que se acenda minha cólera contra eles e os reduzirei a nada; mas de ti farei uma grande nação” (32:9-10). Porém, Deus perdoou o povo e o conduziu à terra prometida.

No Brasil, em pleno século XXI, o que se vê pelas redes sociais são milhares de brasileiros pedindo perdão por terem seguido o “Bezerro Nega Vida”. Viram que ajudaram a eleger para presidente da República não um cidadão consciente de suas responsabilidades, mas um imbecil, um farsante, um incompetente e dissimulado que não usa máscara, negou e continua negando a pandemia e chama de idiota quem se protege. Não respeita nem as famílias dos quase 450 mil mortos pela Covid-19 como se viu ontem,23, no passeio de moto sem máscara e promovendo aglomeração.

Muitos dos que votaram em Bolsonaro já sabem que cometeram um grande pecado contra a vida. Muitos votaram conscientemente desejosos pelo retorno da ditadura, mas uma grande maioria frustrada com o PT e a política votou como se Bolsonaro fosse um Mito, a salvação, quando na verdade era o bezerro de ferro fundido do Êxodo.

Assim como na Bíblia, a esperança vive. E os arrependidos têm chance do perdão e da renovação.

Não precisa fazer aliança com nenhum político. Basta pensar no coletivo, pensar em sua família, votar pelo Brasil e para acabar com a polarização radical que está destruindo lares e amizades.

A renovação passa não pelo retorno ao passado, mas pensando num futuro para todos e em um País menos raivoso e sem radicalismo que o levou para o fundo do poço da convivência harmoniosa entre todos os brasileiros.

Portanto, cabe ao brasileiro escolher: ou pedir perdão e continuar o caminho rumo à terra prometida ou continuar adorando “bezerros” de metal.

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