por Bruno Luiz
Os professores da rede municipal de ensino não irão retomar as aulas presenciais na próxima segunda-feira (3), em Salvador. A decisão foi tomada em reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), realizada nesta terça (27).
A categoria mantém a posição de voltar à sala de aula apenas quando todos os trabalhadores da educação estiverem vacinados contra a Covid-19. Nesta quarta, às 14h, o sindicato terá uma reunião com o prefeito Bruno Reis (DEM) para discutir o assunto, mas a intenção é de não voltar atrás na decisão.
“A gente decidiu não retomar as aulas presenciais e manter as aulas remotas. 98% da categoria votou pelo não retorno. Não voltaremos sem a vacinação para todo mundo, cumprindo todo o ciclo [primeira e segunda dose]. O vírus está com uma variante muito perigosa, já tivemos muitos óbitos de diretores, vice-diretores. Não queremos colocar em risco a vista dos trabalhadores da educação, dos alunos e das famílias”, afirmou Elza Melo, diretora da APLB, em entrevista ao Bahia Notícias.
Apesar de a prefeitura ter anunciado que começaria a vacinar os trabalhadores da educação a partir de 40 anos (veja aqui), Elza diz que a decisão do prefeito de anunciar a retomada das atividades escolares foi “precipitada”.
“O prefeito e o secretário acham que vacinou e já pode vir pra escola. Com a primeira dose, você não fica imunizado. E eles estão vacinando apenas quem está na sala de aula, é preciso vacinar todos, quem está e quem não está”, defendeu.
Nesta terça, a prefeitura informou também que a vacina está disponível para mais de 10 mil trabalhadores da educação municipal com idade acima de 40 anos. Com isso, mais de 75% dos profissionais que atuam nas escolas terão tomado a primeira dose contra a Covid-19 até a data marcada para o início das aulas presenciais, segundo a gestão.
“Esse é um passo importantíssimo para a retomada segura da educação em nossa cidade. Já vacinamos mais de 26% da população de Salvador. Concluímos a imunização dos idosos acima de 60 anos, que é o público mais vulnerável. Estamos avançando no público com comorbidades”, defendeu Bruno Reis.
Bahia Notícias