Carlos Newton
Desculpem a franqueza, mas o governo Bolsonaro já acabou. De uma hora para outra, seu prazo de validade se esgotou, o cheiro de pobre já se espalha à distância, vai ser impossível aturar até o fim do mandato, que só acontece em 31 de dezembro de 2022, quando acaba a tinta da caneta Bic e se fecham as páginas do Diário Oficial.
Hoje, Bolsonaro já é um presidente pato manco, como dizem na matriz USA quando o mandato chega ao fim, sem possibilidade de reeleição, e o presidente não manda mais nada, até o garçom do cafezinho já debocha dele.
TRISTE DESFECHO – Com toda certeza, foi um triste desfecho de um politico paramilitar, que ganhou a vida defendendo os salários dos militares e jamais perdeu eleição, ficou rico com as rachadinhas e podia viver o resto da vida numa boa, com a terceira, a quarta ou a quinta mulher, pois o céu é o limite para quem se proclama imbroxável.
Depois de dois anos de uma campanha intensa por todo o país, com uma eleição verdadeiramente espetacular, tudo indicava que em 2022 a reeleição seria moleza, até mesmo diante de uma até então improvável candidatura de Lula.
Mas na política as aparências enganam. Hoje a realidade de Jair Bolsonaro é totalmente adversa. Até os robôs, humanóides e replicantes já estão desistindo dele.
IMPEACHMENT – O afastamento vai ocorrer inevitavelmente. Bolsonaro pensou que se fortaleceria trocando o ministro da Defesa e o comandante do Exército. Foi um erro, e agora o neoministro Braga Netto está com a maior dificuldade para encontrar um general que não só obedeça a ele e ao presidente, mas também seja obedecido pelos demais generais.
Neste 31 de março, aniversário da Redentora, procura-se esse general e não se encontra. Se for encontrado algum que aceite obedecer a Braga Netto e a Bolsonaro, é bobagem nomeá-lo. Não podem confiar nele, porque é mais fake do que as notícias espalhadas pelo “gabinete do ódio”.