terça-feira, fevereiro 23, 2021

Na ONU, chanceler de Bolsonaro se posiciona como se fosse ministro de Trump


O chanceler Ernesto Araújo no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Ernesto Araújo fez um papel feio ao se apresentar na ONU

Bernardo Mello Franco
O Globo

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não virou o disco após a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos. Em sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, ele voltou a fazer discurso conspiratório contra as medidas de combate à pandemia do coronavírus.

O chanceler de Jair Bolsonaro disse que “sociedades inteiras estão se habituando à ideia de que é preciso sacrificar a liberdade em nome da saúde” e que “não se pode aceitar um lockdown do espírito humano”.

DISCURSO DO ÓDIO – Ele também atacou as redes sociais que bloquearam os perfis de Trump e de ativistas de extrema direita nos Estados Unidos e no Brasil. As plataformas passaram a agir para conter o discurso do ódio e a disseminação de notícias falsas.

Na ONU, Ernesto descreveu as medidas como “tecnototalitarismo”, “censura” e “controle social”. Parecia um ministro de Trump, não o chanceler do Brasil.