sexta-feira, fevereiro 26, 2021

Governadores entre a cruz e a espada

em 26 fev, 2021 8:40

 Situados na planície da pandemia, que já matou mais de 250 mil brasileiros, os governadores fazem o meio de campo desse trágico jogo entre a vida e a morte. Eles sentem as perdas diárias dos conterrâneos e sofrem na pele as consequências causadas por um governo federal negacionista que, desde o princípio dessa tragédia, joga abertamente a favor do vírus. Enquanto fazem das tripas coração para reduzir os índices de infecção e socorrer as vítimas, os governadores assistem impotentes o presidente Jair Bolsonaro promover criminosas aglomerações, fazer campanha contra a vacina e agora – pasmem senhores – insinuar que a máscara faz mal. Desconjuro! Dependentes do Ministério da Saúde para adquirir vacinas e ampliar o número de leitos hospitalares, os governos estaduais vivem entre os milhões de cruzes das vítimas do coronavírus e a espada enferrujada de um capitão medíocre, que insiste em conduzir o país para o precipício. Só Jesus na causa!

Revanche condenada

A Proposta de Emenda à Constituição ampliando os conceitos de imunidade parlamentar é importante, mas traz um defeito grave, que é a urgência desnecessária com ares vingativos. Quem pensa assim é o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto. Segundo ele, independente do seu mérito, a PEC “é editada e confessada como uma revanche e isso não é bom para o equilíbrio democrático. O jurista sergipano entende que essa pressa do Congresso em aprová-la desarmoniza o sentido dela, que é preservar a interdependência dos Poderes. É vero!

Abra o olho

A Páscoa se aproxima e o consumidor tem de estar atento para não ser enganado na compra de um dos produtos típicos da época, o bacalhau. Diversos outros peixes salgados, mas de menor qualidade e preço, são vendidos como se fossem bacalhau. A dica para não ser enganado é reparar no rabo do peixe, que tem a ponta mais comprida do que a dos seus “genéricos”. Quando é vendido em lascas, a diferença só é percebida na hora do preparo, porém aí já é tarde demais. Aff Maria!

ADIBERTO DE SOUZA

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