terça-feira, fevereiro 23, 2021

Fora do ar! Facebook, Instagram e Twitter continuam bloqueando contas de Silveira

 


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Charge do Brum (Charge Online)

Guilherme Caetano
O Globo

O Facebook e o Twitter derrubaram as contas oficiais do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na terça-feira, dia 16, após ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Sua conta no Instagram também foi bloqueada pela empresa.

As plataformas atenderam a uma decisão do STF. Até o início da manhã da sexta-feira, dia 19, o perfil de Silveira estava no ar, mas foi bloqueado por volta do meio-dia. Durante a manhã, uma postagem relatando o bloqueio do Instagram, na qual se diz “censurado”, e outra de teste foram feitas.

AMEAÇAS E PALAVRÕES – Apoiador do presidente Jair Bolsonaro e investigado no Supremo por participação em atos antidemocráticos, Silveira publicou um vídeo em suas redes sociais fazendo ataques, com xingamentos e palavrões, ao ministro Edson Fachin e aos demais ministros da corte, após as críticas feitas por Fachin, na semana passada, à interferência de militares no Judiciário.

Na quarta-feira, 17, um dia após a ordem de prisão ter sido expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, os 11 ministros do STF decidiram, por unanimidade, confirmar a prisão em flagrante. Ao votar em plenário, Moraes considerou “gravíssima” a conduta do parlamentar.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também acusou o deputado de cometer o crime de coação no curso do processo e outros dois delitos da Lei de Segurança Nacional, em denúncia apresentada ao STF nesta quarta-feira. Para a PGR, as manifestações ultrapassaram a proteção da imunidade parlamentar.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Brasil é um país surrealista. Enquanto os videos de Daniel Silveira são erradicados, levantamento feito pelo Globo com base em dados do programador Guilherme Felitti, fundador da empresa de análise de dados digitais Novelo Data, mostra que continuam no ar ao menos 26 vídeos com mensagens que propõem o fechamento do STF, a retirada de ministros do cargo ou intervenção militar no tribunal.  E essas postagens já foram assistidas mais de 2,1 milhões de vezes. (C.N.)