Vicente Limongi Netto
A exemplo do consórcio de imprensa, que anunciou uma campanha para mostrar a importância da vacinação contra o coronavírus, o governo Bolsonaro também devia providenciar semelhante iniciativa para imunizar a população.
Enfatizando aos brasileiros o empenho e a sensibilidade que o chefe da nação demonstrou desde o início da pandemia, o próprio Bolsonaro abriria a campanha vacinando o notável trio símbolo da administração federal – os craques das “rachadinhas”, Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz e Arthur Lira.
PRÊMIOS PELA VACINAÇÃO – A seguir, Bolsonaro vacinaria a amiga da família Bolsonaro, a famosa Val de Angra dos Reis, vendedora de açaí. E toda pessoa vacinada, ganharia uma caixa de chiclete e uma lata de leite condenado. Aliás, uma imagem que emocionaria o mundo, provando que não existe miséria no Brasil, deveria focalizar um sorridente e orgulhoso Bolsonaro exibindo, como troféu, uma lata de leite condensado, a nova grife do governo.
Por fim, diante da nova agressão vil, torpe, covarde, leviana e irresponsável de Bolsonaro à imprensa, sugiro que o presidente use o leite condensado para lavar a boca suja, porca e imunda, e o chiclete para lacrar a alma ignorante, rancorosa e analfabeta.
MISÉRIA NO FANTASTICO – O programa “Fantástico” anuncia matéria alertando sobre os malefícios do fim do auxílio-emergencial. Escrevi sobre o assunto bem antes. Dia 22. Em artigo aqui na Tribuna da Internet. Nele, fazia diversas perguntas.
Recordo duas delas: Algum general precisará desenhar para Bolsonaro que será preciso manter o auxílio-emergencial, sob pena de ver a miséria aumentando no Brasil? Que sem o auxílio-emergencial muitos brasileiros precisarão roubar mercados e catar restos de comida nas latas de lixo?
COMENTARISTAS ESPORTIVOS – Respeitem nossos ouvidos! Socorro! O caos tomou conta do linguajar dos analistas, narradores, atletas, repórteres e dirigentes. Sobretudo agora, na reta final dos campeonatos brasileiros.
Para ver quem tem mais chances no topo e quais clubes serão rebaixados, abusam e fazem caras e bocas, alvejando a “Matemática”, quando o correto é falar em “Aritmética”. Deus nos acuda. Respeitem nossos ouvidos.
Vou desenhar: Matemática é a ciência dos números. Mas quem trata deles, adição, diminuição, divisão e multiplicação, é a Aritmética. Raros, raríssimos profissionais se expressam certo.