segunda-feira, janeiro 25, 2021

Mourão minimiza queda na avaliação de Bolsonaro e alega ‘ruído’ envolvendo vacina e colapso em Manaus


Para Mourão, eleição na Câmara e do Senado ajudará a abaixar as “pressões”

Daniel Gullino
O Globo

O vice-presidente Hamilton Mourão atribuiu a um “momento de bastante ruído” a queda na avaliação do presidente Jair Bolsonaro, mas afirmou que a situação vai melhorar quando for “esclarecido” o trabalho do governo pela vacinação contra a Covid-19 e na crise de saúde em Manaus.

O vice-presidente também defendeu o trabalho do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Está havendo um momento de bastante ruído, por dois aspectos. Um aspecto é a questão da vacina, da vacinação, que no momento que for esclarecido que o governo está fazendo o possível e o impossível para ter o fluxo contínuo, e também a questão de Manaus, no momento que for esclarecido, acho que diminui esse ruído”, disse Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.

“PRESSÕES” – Para o vice-presidente, a eleição para a presidência da Câmara e do Senado, que ocorre na próxima semana, também ajudará a abaixar as “pressões”: “E óbvio que tem as eleições das duas Casas do Legislativo, que influem. Semana que vem acho que baixa um pouco as pressões”.

Mourão não comentou uma pesquisa de avaliação específica. Um levantamento do Datafolha divulgado na sexta-feira mostrou que 40% brasileiros consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima. Em dezembro, o percentual era de 32%.A avaliação positiva (ótimo ou bom), por outro lado, caiu de 37%, em dezembro, para 31%.

Em relação ao pedido de inquérito contra Pazuello, o vice-presidente disse que uma investigação seria positiva para chegar “à conclusão do que aconteceu”. Mourão afirmou, no entanto, que o ministro faz um trabalho “de forma honesta e competente”.

DISSE-ME-DISSE – “Uma vez que existe muito disse-me-disse a respeito disso, acho que a melhor linha de ação é que se chegue à conclusão do que aconteceu. Eu tenho acompanhando o trabalho do ministro Pazuello, sei que ele tem feito um trabalho meticuloso e de forma honesta e competente. Que se investigue e se chegue à conclusão do que aconteceu”, disse.

O pedido de inquérito foi apresentado no sábado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação ainda não foi analisada, mas a praxe na Corte é autorizar os inquéritos pedidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).