segunda-feira, janeiro 25, 2021

Joe Biden aumenta salários de servidores e adota uma política oposta à de Paulo Guedes


Biden sai da toca e passa à ação para mostrar uma liderança alternativa a  Trump | Internacional | EL PAÍS Brasil

Joe Biden investe para aumentar o consumo interno

Pedro Coutto

Reportagem do Estado de São Paulo, edição de sábado, direto da sucursal de Washington, revela que o presidente Joe Biden assinou duas ordens executivas destinadas a fornecer ajuda financeira a famílias carentes e também aumentando salários dos trabalhadores federais. Trata-se de um esforço destinado a recuperação de grande número de habitantes atingidos por perdas salariais e pelos efeitos da Coronavirus.

A iniciativa do presidente dos EUA está baseada em princípios de Keynes, que defendeu a ação do Estado em momentos de dificuldade e emergência. Biden também acentuou que destinará 1 trilhão e 900 bilhões de dólares como ferramentas para ajudar as pessoas e socorrê-las diante de dificuldades para as quais elas não contribuíram.

No Brasil a política de Bolsonaro, inspirada em Guedes, é justamente o oposto do posicionamento atual da Casa Branca.

PAZUELLO DEVE SAIR? – Reportagem de Marcelo Rocha, Folha de domingo, e outra de Carolina Brígido, O Globo, informam que o procurador geral da República, Augusto Aras. encaminhou sábado ao STF o pedido de partidos da oposição para que seja aberto inquérito contra Eduardo Pazuello por sua atuação no Ministério da Saúde, marcada por omissão no caso das mortes em Manaus por falta de oxigênio. O Globo deu chamada na primeira página e manchete na página sete.

Um dos pontos refere-se à questão da terapia precoce, que não existe na prática médica em relação à Covid-19.

Como Aras se esmera em fazer o que o presidente Bolsonaro deseja, penso que seja sinal que Eduardo Pazuello deve deixar o governo, provavelmente nesta semana. Mas Bolsonaro é imprevisível e pode mantê-lo. Coisas da política.

A VENDA DO IBOPE – Em seu espaço no Globo de domingo, Lauro Jardim assinalou que o Ibope foi vendido para o grupo inglês Kantar, que assume no dia 31 de janeiro, depois de 79 anos de atividade quando meu saudoso amigo Paulo Montenegro iniciou a pesquisa de audiência e também de levantamentos e prognósticos políticos, trabalhos dos segmentos sociais do país que tinham como base a identificação por renda das famílias.

Como primeiro jornalista brasileiro a levar a sério e escrever sobre pesquisas no Correio da Manhã, sou testemunha das belas etapas que Montenegro venceu até alcançar a consolidação merecida. Paulo Montenegro, hoje na eternidade com a credibilidade, transfere seu legado a seus filhos Carlos Augusto, Luis Otávio e Solange.

O Ibope, depois de tanto tempo e êxitos, transformou-se numa espécie de marca registrada de pesquisa. Vamos esperar que apareça um sucessor que vá se juntar ao Datafolha na radiografia e nas mutações da opinião pública.