segunda-feira, janeiro 25, 2021

Em Sergipe Del Rey nada muda para melhor. Marasmo nos últimos anos

 em 25 jan,

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Há um marasmo histórico em Sergipe. Basta analisar apenas os últimos anos para perceber que pouca coisa mudou para melhor no feudo chamado Sergipe Del Rey. Há 20 anos, Sergipe era superior em quase tudo se comparado com os outros Estados do Nordeste.

O titular deste espaço não esquece uma conversa que teve com o então governador eleito, professor Marcelo Déda, quando ele despachava na fase da transição numa sala do Centro de Convenções em Aracaju. Déda pensava a mil nos seus planos e ações e disse: “você não tem ideia dos pedidos que venho recebendo diariamente para manter algumas pessoas.” Sim, este jornalista tinha noção. Eram pedidos de todos os poderes, para manter estruturas de parentes e agregados comissionados. Podres poderes que deveriam ser harmônicos e independentes numa democracia, mas na verdade têm parasitas  para pedirem e, se necessário, intimidarem os gestores.

Em Sergipe, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário – além daqueles órgãos que se acham poderes – se entrelaçam de uma forma não democrática e não republicana como pregava Marcelo Déda. E ele, para manter a tal “governabilidade” teve que ceder e se rendeu aos ditames dos mais fortes.

Depois chegou Jackson Barreto. Desse só ficou a marca do pior governador da história de Sergipe. Não fez nada, não deixou nada.

Sergipe não tem planejamento. O último foi realizado no governo Déda pela competente Lúcia Falcon que criou projetos como o Sergipe Cidades e o Proinvest. De lá para cá ninguém pensou Sergipe para longos anos. Apenas reuniões, reuniões e muita mídia. Sergipe é um estado “sob maldição.” Nas últimas duas décadas nenhuma obra proveniente de dinheiro de político é concluída. A Catedral Metropolitana, a BR-101, as rodovias estaduais, obras de Aracaju. Nenhuma tem seu fim.

Assume Belivaldo que assim como Jackson, foi reeleito. Qual a marca que ele deixará? Nenhuma, mesmo tendo colocado nos últimos meses alguns técnicos competentes em determinadas áreas.

Faltando 23 meses para deixar o cargo, o governo parece que está em seu ápice final. Nada de produtivo!

Os líderes só jogam todas suas energias no que eles entendem como produtivo: as próximas eleições. Ninguém espere que surja algo de muito importante em Sergipe Del Rey nestes dois próximos anos.

É assim que a criatividade funciona em Sergipe Del Rey: todos pensando em 2022. O blog quase esquece do principal responsável por tudo isso: a maioria do eleitorado que critica, mas troca o voto!

Em 2022 os que são governo hoje se dividirão para disputá-lo, já que a oposição, também acéfala, caminha mais torta do que caranguejo que fugiu do saco.

Em 2022 não haverá mudança, apenas troca de governador, que, por melhor intenção que tenha, não conseguirá mudar ou derrubar um sistema promíscuo que perdura há muito tempo em Sergipe Del Rey.

E Sergipe Del Rey continuará assim: um Estado atrasado, um governo acéfalo, uma sociedade individualista que aplaude uma iniquidade social nunca vista. Ninguém pensa em enfrentar os problemas reais, em distribuição de renda, em emprego para a juventude. Senhor, Piedade!


Será que Sergipe vive uma epidemia coletiva de incompetência em todas as esferas? O posto da Polícia Rodoviária Federal em São Cristóvão continua com a obra paralisada. O corredor central da Avenida Hermes Fonte e os pontos de ônibus, o que falta para colocar em funcionamento? Os pontos de ônibus? O prédio do IFS em Aracaju e o de Nossa Senhora da Glória têm obras intermináveis.

PF estima desvio de R$ 157 milhões no Hospital Santa Isabel Essa foi a manchete de vários veículos de comunicação de Sergipe no dia 05 de agosto de 2020 quando uma operação da PF, de nome Retificadora, com o objetivo de obter provas para investigação que apura as práticas dos crimes de lavagem de capitais e de desvios de recursos públicos destinados à Associação Aracajuana de Beneficência (Hospital Santa Isabel).

Investigação continua? Um ano e meio depois? A Polícia Federal estimou o desvio de recursos do Hospital Santa Isabel no valor de R$ 157 milhões de reais. Durante a operação foram apreendidos R$ 420 mil reais em posse de investigados. Os nomes dos acusados não foram divulgados na época porque a PF disse que a investigação continuaria. E agora? Um ano e meio depois? O que a PF pode divulgar para a sociedade sergipana?

PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018

https://infonet.com.br/blogs/em-sergipe-del-rey-nada-muda-para-melhor-marasmo-nos-ultimos-anos/