quinta-feira, novembro 26, 2020

Com a credibilidade do país abalada, afirmações de Bolsonaro tiram o sono do agronegócio


Charge do Amarildo (amarildo.com.br)

Gerson Camarotti
G1 Política

Cada vez mais, o setor do agronegócio fica em alerta com a perda de credibilidade e isolamento do Brasil em relação à política ambiental e à preservação da floresta amazônica. Ao Blog, um importante empresário do agronegócio alertou que esse discurso negacionista do governo Bolsonaro sobre o meio ambiente já começa a trazer consequências econômicas.

Após recordes de desmatamento e queimadas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, dia 22, durante a reunião do G20, que o país sofre ‘ataques injustificados’ de ‘nações menos competitivas e menos sustentáveis’. Ele ressaltou que o Brasil dedica uma pequena área do território para agricultura e que tem grande área de vegetação ainda preservada.

ISOLAMENTO – Cada vez mais isolado internacionalmente, Bolsonaro agora tentar repassar responsabilidades em relação à política ambiental do Brasil. Esse isolamento foi intensificado com a derrota do presidente americano, Donald Trump, na eleição norte-americana. Depois disso, o brasileiro já ameaçou os Estados Unidos com o uso da “pólvora”, o que foi motivo de chacota. Ele também teve que recuar de apresentar “lista de países” que comprariam madeira ilegal do Brasil.

“Tudo isso já começa a trazer consequências. Ao fazer um discurso negacionista sobre a dimensão das queimadas e do desmatamento na floresta amazônica, e na destruição de outros biomas nacionais, o governo Bolsonaro perde cada vez mais credibilidade na área ambiental. Resultado: cresce boicotes aos produtos brasileiros na Europa, acordos comerciais em andamento começam a sofrer resistências. Isso também já começa a afetar até mesmo investimentos previstos para o país. E preocupa cada vez mais o setor responsável pelo agronegócio brasileiro”, disse ao Blog esse empresário do setor.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com as declarações de Eduardo Bolsonaro, a situação piorou ainda mais. Ao que parece, o governo faz o possível e o impossível para inviabilizar o país. (C,N.)